No dia 30 de
Outubro de 2022 realizou-se a 2ª volta das eleições presidenciais brasileiras e
Luiz Inácio Lula da Silva obteve 50,90% dos votos, enquanto a votação do então
presidente Jair Bolsonaro se ficou pelos 49,10%. Apesar de todas as contestações
das hostes bolsonaristas, no dia 1 de Janeiro de 2023 o candidato vencedor
tomou posse em Brasília como o 39º presidente da República Federativa do
Brasil. Porém, a contestação bolsonarista não parou e no dia 8 de Janeiro ocorreram
graves incidentes em Brasília, sobretudo na
Praça dos Três Poderes, o espaço público onde se localizam os edifícios que
representam os três poderes brasileiros - o Palácio do Planalto (poder
executivo), o Congresso Nacional (poder legislativo) e o Supremo Tribunal
Federal (poder judicial) - onde alguns milhares de fanáticos apoiantes de
Bolsonaro rejeitaram a democracia brasileira e tudo vandalizaram. A gravidade
do que se passou deu origem a investigações judiciais, com destaque na averiguação do papel
que Bolsonaro e os seus aliados tiveram no processo pós-eleitoral que
culminou em Brasília, com os acontecimentos do dia 8 de Janeiro de 2023.
Agora, conforme
noticiou o jornal O Globo, o Procurador-Geral do Brasil que é o juiz Paulo Gonet,
acusou Jair Bolsonaro e alguns dos seus antigos ministros de uma tentativa de golpe
de estado após as eleições de 2022 e de ter concordado com um plano criminoso
que visava matar o presidente Lula da Silva, mas que também visava a abolição
violenta do Estado de Direito democrático e que, além disso, constituiu uma grave ameaça
contra o património nacional.
Agora vai caber
ao Supremo Tribunal Federal fazer a avaliação do processo e aceitar ou rejeitar
esta denúncia que, a ser aceite, transformará Bolsonaro e os seus mais próximos
colaboradores em arguidos e réus. Vai decorrer muito tempo porque estes processos são demorados, mas a acusação que pesa sobre o Jair é bem grave...