Rafael Nadal é,
provavelmente, o maior atleta espanhol de todos os tempos e é considerado um
dos maiores tenistas mundiais, juntamente com Rod Laver, Pete Sampras, Roger
Federer e Novak Djokovic, sendo consideradas históricas as rivalidades que
manteve durante muitos anos com o suiço Federer e com o sérvio Djokovic.
Na passada
terça-feira jogou em Málaga a sua última partida de ténis profissional, no
âmbito da Taça Davis, mas os seus 38 anos de idade não lhe perdoaram, pois perdeu
com o holandês Botic van de Zandschulp e, como estava previsto, anunciou a sua
retirada. Foi um momento de tristeza para Nadal, para os dez mil espectadores
que assistiram à partida e para toda a Espanha. Os jornais espanhóis, tanto
desportivos como generalistas, dedicaram-lhe as suas primeiras páginas e alguns
deles escolheram para manchete a frase “Gracias Rafa”, mas o Mundo
Deportivo escolheu a palavra “Eterno” para o classificar.
Durante cerca de
duas dezenas de anos, o tenista Rafa Nadal foi um motivo de orgulho para os espanhóis, tendo conquistado 103 títulos ATP e sido o primeiro tenista mundial que venceu 22 Grand Slam, dos quais catorze aconteceram
em Roland-Garros. Porém, também ganhou na Austrália (2 vezes), em Wimbledon (2
vezes) e no Open dos Estados Unidos
(4 vezes) e, além disso, como se ainda fosse pouco, Nadal conquistou duas medalhas de ouro olímpicas, a primeira em
singulares em Pequim (2008) e a segunda em pares no Rio de Janeiro (2016).
Rafael Nadal é, de facto (e não provavelmente), o maior atleta espanhol de todos os tempos.