Faltam apenas 22
dias para iniciarmos o processo de escolha do novo Presidente da República Portuguesa. O leque de candidatos é diversificado quanto
ao seu pensamento e quanto à sua experiência política, pelo que os eleitores têm
diferentes alternativas de voto, embora haja uma evidência: o eleito nunca será
pior do que o seu antecessor. Esta eleição representa o fim de um sonho mau que durou dez anos e um alívio para a
nossa comunidade! Por isso, é preciso deixar que os portugueses exerçam a sua
cidadania e escolham o seu Presidente, não sendo admissível que alguns jornalistas
e comentadores encartados pelo anterior governo, insistam nessa vigarice de
criar vencedores antecipados. Não é tolerável que aqueles que têm o dever de
informar com independência, rigor e isenção, estejam ao serviço de uma qualquer
candidatura e que usem as suas canetas, a sua voz ou o seu rosto para manipular
o eleitorado.
Com o futuro
Presidente virá uma nova esperança para os portugueses. Terminarão dez longos anos
de uma presidência divisionista, desagregadora e sectária, que os portugueses
já condenaram através dos mais baixos índices de popularidade que alguma vez um
dirigente político teve em Portugal. Ontem tivemos mais uma prova disso com a
última comunicação ao país de Cavaco Silva que, naquela voz robótica a que nem
o teleponto dá alma, falou de si e das suas viagens, dos seus discursos e dos
seus roteiros. Foi mais uma das suas ladainhas sem sentido que não deixam
saudades nenhumas. Felizmente, faltam apenas 22 dias para o início de um novo tempo.