sábado, 17 de setembro de 2022

O novo caminho de progresso para Angola

As eleições angolanas realizaram-se no dia 24 de Agosto, os resultados foram divulgados no dia 29 e, no dia 15 de Setembro, o novo presidente da República Popular de Angola e os novos deputados tomaram posse. Tudo decorreu com uma normalidade que foi reconhecida internacionalmente e que veio mostrar que Angola conquistou as bases democráticas que lhe vão permitir corrigir alguns erros do percurso que tomou depois da independência e da guerra civil. Os resultados foram esclarecedores, pois o MPLA obteve a maioria dos votos com 51,7% e elegeu 124 deputados, enquanto a UNITA obteve 43,95% dos votos e elegeu 90 deputados, tendo sido eleitos mais seis deputados de três pequenos partidos. Como muitas vezes acontece nos processos eleitorais, os resultados foram contestados devido a eventuais irregularidades, mas foram confirmados pela Comissão Nacional Eleitoral. Porém, a UNITA declarou que não abdicava do seu direito de recorrer aos tribunais internacionais, estimulada pelas suas expressivas vitórias em Luanda e nas províncias de Cabinda e do Zaire.
O presidente João Lourenço que era o cabeça de lista do MPLA, foi reeleito, enquanto a oposição passou a ter um líder e um rosto respeitável que é o engenheiro Adalberto Costa Júnior.
Como noticiava o Jornal de Angola, o presidente eleito prometeu prestar particular atenção ao sector social e essa intenção deve ser saudada. O país passou por 41 anos de guerras - a guerra colonial e a guerra civil - e, nos anos mais recentes, tem procurado encontrar um rumo de paz, de progresso e de prosperidade. Os seus abundantes recursos naturais, que têm alimentado uma oligarquia que se passeia pela Europa e, sobretudo, por Lisboa e Londres, exibindo poder e riqueza cuja origem gostariam que não fosse conhecida, devem ser postos imediatamente no combate à desigualdade e ao subdesenvolvimento do povo angolano. Essa terá que ser a missão principal do presidente João Lourenço
Que seja bem-sucedido nessa missão!