Na sua edição de
hoje o diário indiano The Asian Age publica uma mensagem
do partido do Congresso Nacional Indiano, que é actualmente o maior partido da
oposição, em homenagem a Rajiv Gandhi por ocasião do 25º aniversário do seu
assassinato.
Rajiv Gandhi foi o
primeiro-ministro da Índia entre 1984 e 1989, mas foi assassinado pela sua
guarda pessoal durante a campanha eleitoral de 1991. Era neto de Jawaharlal
Nehru, que foi o negociador da independência indiana e o seu primeiro primeiro-ministro
entre 1947 e 1964 (17 anos), sendo filho de Indira Gandhi que foi primeira-ministra
da Índia entre 1966 e 1977 e entre 1980 e 1984 (15 anos). Significa que Rajiv
Gandhi foi o herdeiro de uma família que governou a Índia durante mais de
trinta anos.
Com a sua morte o
Congresso Nacional Indiano passou a ser presidido por Sonia Gandhi, a viúva de
Rajiv, mas a sua origem italiana nunca a recomendou para a chefia do governo.
Em 2014, o seu filho Rahul Gandhi, então com 44 anos de idade, foi o candidato
do Partido do Congresso Nacional Indiano para o cargo de Primeiro-ministro mas,
apesar do seu carisma familiar e da sua formação académica em Harvard, foi
copiosamente derrotado por Narendra Modi e pelo BJP, o Bharatiya Janata Party.
Curiosamente, o
apelido Gandhi que a “dinastia” assumiu não têm qualquer relação com o Mahatma
Gandhi, pois resulta do apelido de Feroze Gandhi que foi casado com Indira e
que, portanto, foi o pai de Rajiv e o avô de Rahul. Com a derrota de Rahul há quem
pense que a lenda dos Nehru-Gandhi terminou, embora a homenagem hoje prestada a
Rajiv no The Asian Age possa significar que essa lenda não é para
esquecer.