A notícia foi
dada ontem depois de “uma longa chamada telefónica” entre ambos e, na sua
edição de hoje, o jornal The Independent confirma que Donald
Trump e Vladimir Putin se vão encontrar brevemente em Budapeste, para uma
segunda cimeira sobre a guerra na Ucrânia, depois de se terem encontrado no
Alaska no dia 16 de Agosto.
O encontro
directo e presencial entre os homens que comandam as duas principais potências
nucleares do nosso planeta é sempre positivo, embora na agenda destes encontros
esteja apenas o problema da Ucrânia.
Há dois meses a
reunião entre Trump e Putin foi cordial, mas inconclusiva. A pretensão russa
para que fosse reconhecida a anexação dos territórios ucranianos ocupados não
foi aceite e, para além disso, os Estados Unidos deram o seu apoio ao ataque
ucraniano às infraestruturas energéticas russas. Não se sabe como evoluíram as
visões de Trump e de Putin sobre o conflito e que cedências estão as partes
dispostas a fazer. Porém, haverá mais de um milhão de baixas dos dois lados, há
milhões de ucranianos afectados pela guerra, há uma enorme destruição do
património construído e parece haver um impasse na linha da frente. O apoio à
Ucrânia de Zelensky está a ser um pesado fardo para os seus amigos ocidentais e
Donald Trump, com o apoio de Ursula von der Leyen e de Mark Rutte, já enviou essa factura aos europeus para que a paguem.
Os líderes
europeus que deveriam ter sido os intermediários e os moderadores desta crise,
foram incompetentes, desastrados e convenceram Zelensky que podia ganhar. Erraram, tornaram-se actores secundários e, agora, são simples espectadores.
Trump disse
várias vezes que “essa
guerra nunca teria começado se fosse presidente” e Putin confirmou que “se
Trump fosse presidente em 2022 não haveria guerra na Ucrânia”.
É a altura de
resolverem este imbróglio.