Terminou ontem em
Bærum, nos arredores de Oslo, o 2025 IHF World Men's Handball Championship, ou o 29º Campeonato do
Mundo de Andebol. A campeã foi a equipa da Dinamarca que na final derrotou a
equipa da Croácia e se tornou tetracampeã do mundo, pois já triunfara em 2019,
2021 e 2023. No jogo para a disputa do 3º lugar, a França bateu Portugal por
35-34, o que significa que a equipa portuguesa teve um desempenho notável e
conquistou o 4º lugar no Campeonato do Mundo, uma classificação absolutamente
inédita no historial do andebol português e muito rara no nosso panorama
desportivo.
Estiveram 32 equipas em competição e a equipa
portuguesa obteve cinco vitórias (Estados Unidos, Brasil, Chile, Noruega e
Espanha), um empate (Suécia) e duas derrotas (Dinamarca e França), mas estas
duas equipas fazem parte da elite mundial do andebol, tendo a França sido
campeã por seis vezes e a Dinamarca por quatro vezes, ou seja, a selecção portuguesa perdeu com "os tubarões".
A participação portuguesa foi realmente brilhante e
para os desportistas portugueses foi mesmo inesquecível, destacando-se ainda
que, entre os sete elementos da equipa ideal do mundo, foram eleitos dois jogadores
portugueses. Para além do 4º lugar de Portugal há que destacar a classificação
do Brasil (7º) e de Cabo Verde (23º), países que fazem parte da “Irmandade Lusófona”.
Nenhum jornal português, desportivo ou generalista,
destacou devidamente o resultado da selecção nacional de andebol, tendo os
jornais desportivos optado por tratar nas suas manchetes as vitórias futebolísticas
do Benfica contra o Amadora e do Sporting contra o Farense. Uma tristeza. Um
jornalismo panfletário. Um anti-jornalismo. Melhor andou o Večernji list que se publica em Zagreb e que, na sua edição de
hoje, homenageia com orgulho os andebolistas croatas - os seus heróis de prata - que se classificaram em 2º
lugar no 29º Campeonato do Mundo de Andebol.