Hoje comemora-se
o V-E Day ou o Dia da Vitória na
Europa, para assinalar o dia em que há 75 anos, depois de mais de cinco anos de
guerra, os nazis alemães aceitaram a sua rendição incondicional às forças
aliadas que tinham ocupado Berlim. Os jornais britânicos celebram essa efeméride nas suas edições de
hoje, com destaque para o jornal escocês The Herald, que se publica em
Glasgow desde 1783 e que, portanto, vai no seu 238º ano de publicação.
A 2ª Guerra
Mundial iniciou-se no dia 1 de Setembro de 1939 quando a Alemanha invadiu a
Polónia e, nos campos, mares e cidades europeias, durou até ao dia 8 de Maio de
1945, tendo envolvido todas as grandes potências que se mobilizaram em torno de duas
alianças militares adversárias: os Aliados e o Eixo. A história da guerra é muito
longa e tem sido descrita com todos os detalhes mas, provavelmente, os seus
dias mais significativos foram o dia 22 de Junho de 1941 quando a Alemanha
iniciou a operação Barbarossa e
invadiu a União Soviética, o dia 7 de Dezembro de 1941 quando o Japão atacou a
esquadra e as bases americanas em Pearl Harbor e o dia 6 de Junho de 1944
quando as forças aliadas desembarcaram na Normandia durante a operação Overlord. O balanço da guerra
na Europa traduziu-se em cerca de 36 milhões de mortos militares e civis,
resultantes dos combates, das doenças, da fome, dos bombardeamentos e dos
massacres e genocídeos deliberados.
A brutalidade da
guerra obrigou a um enorme esforço económico, industrial e científico dos
países que nela participaram e abriu as portas a um novo ciclo de paz e de
progresso económico e social que, no essencial, dura há 75 anos.
Actualmente, o mundo continua
amarrado às consequências da 2ª guerra mundial e os países vencedores – Estados
Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China - continuam a ter um papel
determinante na condução do mundo, como membros permanentes do Conselho de
Segurança das Nações Unidas, enquanto em vários capítulos da evolução do mundo
se considera que a 2ª guerra mundial foi a fronteira que separou o mundo antigo
de um novo mundo que, embora cheio de contradições, beneficia de mais paz, mais
progresso, mais democracia e mais respeito pelos direitos humanos.