O jornal holandês
deVolkskrant que se publica em Amesterdão e que há bem pouco tempo completou cem anos de
existência, incluiu na sua edição de ontem um detalhado estudo sobre a epidemia
de covid-19 que, até agora, contagiou
cerca de 42 mil holandeses e causou 5.310 óbitos nos Países Baixos,
colocando-os no top ten mundial das vítimas
desta epidemia. O estudo assenta em elucidativos gráficos, o que permite a sua
interpretação pelas pessoas que, como nós, nada entendem de holandês.
Logo na primeira
página e com o título “Onda ou ondas”, estão apresentados os três cenários mais
prováveis para a evolução futura da pandemia: o cenário 1 em que já estaremos a sair do pico, o cenário 2 em que se espera um novo pico
mais agressivo no Outono e um cenário 3
em que voltarão a repetir-se regularmente os picos como aquele que tem estado
entre nós, até que surja uma vacina.
O estudo
apresenta a evolução da incidência do covid-19
através de expressivos gráficos, com base nos dados divulgados diariamente
pelas autoridades sanitárias nacionais, mas como os problemas são diferentes em
cada país e a crise está em diferentes fases em cada um deles, o estudo avisa
que nem todas as comparações são aceitáveis. No entanto, seguramente que a credibilidade deste
estudo pode servir para que cada país se inspire nas experiências mais semelhantes que se conhecem e que adopte medidas mais adequadas.
Quem sabe se os
autores deste estudo publicado pelo deVolkskrant não estiveram em
Portugal a ouvir os nossos mais reputados técnicos-especialistas de covid-19, que dão pelo nome de Portas, Júdice
e Mendes, cuja vaidade exibicionista é tão grande que já nem cabe no pequeno écran
dos televisores.