quarta-feira, 13 de maio de 2020

O que o covid-19 ainda nos pode trazer


O jornal holandês deVolkskrant que se publica em Amesterdão e que há bem pouco tempo completou cem anos de existência, incluiu na sua edição de ontem um detalhado estudo sobre a epidemia de covid-19 que, até agora, contagiou cerca de 42 mil holandeses e causou 5.310 óbitos nos Países Baixos, colocando-os no top ten mundial das vítimas desta epidemia. O estudo assenta em elucidativos gráficos, o que permite a sua interpretação pelas pessoas que, como nós, nada entendem de holandês.
Logo na primeira página e com o título “Onda ou ondas”, estão apresentados os três cenários mais prováveis para a evolução futura da pandemia: o cenário 1 em que já estaremos a sair do pico, o cenário 2 em que se espera um novo pico mais agressivo no Outono e um cenário 3 em que voltarão a repetir-se regularmente os picos como aquele que tem estado entre nós, até que surja uma vacina.
O estudo apresenta a evolução da incidência do covid-19 através de expressivos gráficos, com base nos dados divulgados diariamente pelas autoridades sanitárias nacionais, mas como os problemas são diferentes em cada país e a crise está em diferentes fases em cada um deles, o estudo avisa que nem todas as comparações são aceitáveis. No entanto, seguramente que a credibilidade deste estudo pode servir para que cada país se inspire nas experiências mais semelhantes que se conhecem e que adopte medidas mais adequadas.   
Quem sabe se os autores deste estudo publicado pelo deVolkskrant não estiveram em Portugal a ouvir os nossos mais reputados técnicos-especialistas de covid-19, que dão pelo nome de Portas, Júdice e Mendes, cuja vaidade exibicionista é tão grande que já nem cabe no pequeno écran dos televisores.