A guerra na
Ucrânia tem continuado a mostrar que está a ser uma tragédia para a população
ucraniana e para as tropas de ambos os lados, enquanto os cofres de muita gente
alinhada com Zelensky parece estarem a ficar vazios. Os que podiam ter
procurado a paz através do reforço dos acordos de Minsk de 2014 e 2015 e de ter
procurado pôr fim à guerra civil entre os nacionalistas ucranianos e os
rebeldes pró-russos no Leste da Ucrânia, preferiram fazer a guerra e alimentar
as indústrias do armamento. E tem sido assim, sobretudo a partir do dia em que
o conflito se agravou com a tentativa russa de ocupar Kiev.
Apesar de todos
os dias termos inúmeros comentadores televisivos que não conseguem ser
independentes e que só nos falam de guerra, como se a paz fosse uma
impossibilidade, o facto é que o cidadão comum não sabe o que se passa no
terreno, nem se há esforços para conseguir um cessar-fogo e para negociar uma
solução para o conflito. Porém, de vez em quando, chegam-nos notícias
veiculadas pela imprensa internacional que mostram a realidade da guerra, nomeadamente
contra a Marinha russa estacionada no mar Negro, que em Março de 2022 perdeu o
navio-transporte Saratov no porto de
Berdiansk e em Abril de 2022 perdeu o seu navio-chefe, o moderno cruzador Moskva.
Agora foi
anunciado, nomeadamente pelo jornal basco El Correo, que um ataque ucraniano
com mísseis atingiu o navio-transporte Novocherkassk,
atracado no porto de Feodosia, na costa oriental da Crimeia, que segundo os
ucranianos foi afundado, mas que os russos dizem ter sido apenas atingido. É a
guerra da propaganda, mas neste caso significa que a guerra está muito activa e
que os mísseis ucranianos estão a fazer muitos estragos à Marinha russa.