O Presidente Jair
Bolsonaro viajou para os Estados Unidos para um encontro com Donald Trump e,
dessa forma, não só satisfez a sua enorme vontade de se encontrar com o seu
ídolo político, como também rompeu a tradição dos chefes de Estado brasileiros
de iniciarem as suas visitas ao estrangeiro pela vizinha Argentina.
Segundo foi
revelado pela imprensa, houve trocas de elogios, muitas promessas de cooperação
e a assinatura de alguns acordos de natureza económica e militar, mas parece
que o assunto principal das conversações foi a Venezuela. O Donald e o Jair apoiam
o auto-proclamado presidente Juan Guaidó e querem ver Nicolas Maduro fora do
poder, embora no mesmo dia a Rússia tenha advertido os Estados Unidos para que
não se envolvesse nos assuntos internos venezuelanos e haver organizações
ibero-americanas de Direitos Humanos que acusam os Estados Unidos de promover
uma guerra civil na Venezuela. Não se sabe o que terá sido pedido ao Jair em relação à Venezuela, mas esperemos que ele não tenha sido contagiado pela agressividade obsessiva do Donald.
O jornal Correio
do Brasil diz que o encontro foi um completo fiasco que superou as
piores previsões. O Jair foi subserviente e cedeu em questões sensíveis à
soberania nacional do Brasil, sem nada receber em troca para além de uma vaga
promessa de, contrariando a geografia, o Brasil poder vir a integrar a NATO que
é uma aliança atlântica do norte e da qual o Donald não gosta, nem é dono.
Os dois
presidentes sairam deste encontro ideologicamente aliados e afirmaram ter
muitas coisas em comum e, no fim, transformaram a Sala Oval
num campo de futebol, com o Donald a oferecer ao Jair uma camisola da selecção norte-americana,
enquanto o Jair retribuiu o mesmo gesto com uma camisola da selecção brasileira
com o número 10 e o nome de Trump.