Depois de alguma
tensão que nos últimos meses se tem verificado entre os presidentes dos EUA e
do Brasil, de que resultou a aplicação de elevadas taxas alfandegárias sobre os
produtos brasileiros importados pelos EUA, o encontro entre Donald Trump e Lula
da Silva, ontem realizado em Kuala Lumpur, deve ser saudado porque “abre novos
rumos à relação Brasil-EUA”, como hoje noticia o jornal Correio Brasiliense.
O mundo tornou-se muito interdependente e, cada vez mais, é uma aldeia global. Por isso, é bem natural
que Donald Trump tivesse começado a perceber que as medidas tarifárias que
tomou em relação a muitos países também penalizam os EUA e daí que venha “metendo
a viola no saco”.
Segundo foi relatado
pela imprensa, foi a primeira vez que os presidentes
Trump e Lula da Silva se encontraram oficialmente para conversar sobre as
tarifas impostas pelos EUA às exportações brasileiras. A reunião durou 50
minutos e ambos declararam que tinha sido um encontro muito positivo, para além
de terem trocado alguns elogios recíprocos e confirmado que vai ser iniciado um
processo negocial.
Embora o principal
tema do encontro tivesse sido a negociação das tarifas impostas às exportações brasileiras,
soube-se que a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro não foi discutida na reunião
e que Lula da Silva se dispôs a ser um interlocutor no desejável diálogo entre os
EUA e a Venezuela, de forma a encontrar soluções mutuamente aceitáveis para os dois
países.
Naturalmente, este
apaziguamento e este diálogo entre os EUA e o Brasil é relevante para os dois países,
mas também é importante para a paz e a harmonia no mundo.

