As atrocidades
que o exército israelita vem praticando em Gaza não têm qualquer justificação
como salienta o jornal Libération na sua edição de hoje. A
recusa continuada do regime de Benjamin Netanyahu em proibir a entrada de ajuda
humanitária, os bombardeamentos continuados com toda a espécie de armamentos e
a destruição cirúrgica de hospitais e escolas a pretexto de poderem esconder
terroristas, estão a causar cada vez mais repulsa internacional e a merecer a
condenação de muitos países. Porém, ainda há líderes ocidentais comprometidos
desde há muitos meses com o belicismo israelita e que aceitam a destruição de
Gaza e do povo palestiniano, fornecendo-lhe armas e apoio político, enquanto as
nossas estações televisivas estão cheias de comentadores que apoiam a cruel
desumanidade do regime extremista de Israel. A palavra do Papa e do
Secretário-Geral das Nações Unidas têm que valer. É tempo de dizer basta. É
tempo de condenar aqueles que continuam a apoiar a destruição de Gaza e aqueles
que, a coberto das suas liberdades comunicacionais, apoiam o morticínio que os
israelitas estão a levar por diante em Gaza.
A paz e a
tolerância entre os povos não se defendem com este tipo de gente.
Assim, como
salienta o Libération, surgiu um apelo de 300 escritores franceses que
afirma que “nós não podemos mais contentar-nos com a palavra “horror”, é
preciso utilizar a palavra “genocídio”.
Genocídio é,
portanto, sem quaisquer dúvidas, aquilo que os israelitas estão a fazer em Gaza
e, já agora, sem que se ouça bem alto um grito português de veemente
condenação.