O antigo atleta olímpico António Leitão, que nos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 1984 conquistou a medalha de bronze na prova de 5.000 metros, morreu este domingo num hospital do Porto com 51 anos de idade, vitimado por uma doença rara.
Para quem praticou e aprecia a actividade desportiva, António Leitão protagonizou um momento inesquecível de grande exaltação desportiva, que todos pudemos acompanhar em directo pela televisão, primeiro com a sua sensacional corrida e, depois, com a subida da bandeira portuguesa no mastro olímpico que então era um acontecimento raro e, por isso, mais emocionante. A história regista que a final olímpica de Los Angeles foi uma das mais rápidas de sempre, em grande parte devido à acção de António Leitão, numa prova em que, com o seu dorsal 722, liderou a prova durante mais de três mil metros e em que só foi batido nos 200 metros finais. Alguns dias antes Rosa Mota conquistara a medalha de bronze na maratona feminina e, no dia seguinte, foi a vez de Carlos Lopes conquistar a medalha de ouro na maratona masculina. O historial português que regista 22 participações e a conquista de 22 medalhas olímpicas, nunca teve uma representação tão bem sucedida desportivamente, como sucedeu em 1984 em Los Angeles, onde conquistou uma medalha de ouro e duas medalhas de bronze, por intermédio de Carlos Lopes, Rosa Mota e António Leitão.
Natural de Espinho e medalhado olímpico, António Leitão continuará presente na memória dos apreciadores do desporto e, em especial, daqueles que acompanham o atletismo.