Doze países
europeus, incluindo Portugal, participaram num estudo de opinião sobre o
conflito na Ucrânia organizado pelo European
Council on Foreign Relations que, desde ontem, está disponível na internet.
A principal
conclusão deste estudo que foi apoiado pela Fundação Gulbenkian, refere-se ao
que pensam os europeus sobre o desfecho mais provável da guerra entre a Rússia
e a Ucrânia em que, em média, apenas 10% acredita que a Ucrânia vai vencer, 20%
entende que a Rússia vencerá e 37% deseja que seja negociada a paz. Dos 12
países do universo do estudo, a Polónia e Portugal são os únicos em que a
percentagem daqueles que acreditam na vitória da Ucrânia é superior à
percentagem daqueles que acreditam na vitória da Rússia. Portugal tem mesmo os
valores extremos, isto é, há 17% que acreditam na vitória da Ucrânia e apenas
11 % que acreditam na vitória da Rússia, havendo 35% de portugueses que desejam
que seja negociada a paz.
Outra das
conclusões do estudo refere-se às opções que na opinião dos europeus deve ser
feita em relação à guerra e, em média, há 31% de europeus que entende que a
Europa deve apoiar a Ucrânia para reaver os seus territórios ocupados, enquanto
41% defende que a Ucrânia deve ser pressionada para negociar um acordo de paz
com a Rússia. Também nesta questão Portugal se distingue com valores extremos,
pois 48% dos portugueses acha que a Ucrânia deve ser apoiada para reaver os
seus territórios e só 23% acha que a Ucrânia deve ser pressionada para negociar
um acordo de paz com a Rússia.
Este estudo está
referenciado nas edições de hoje do jornal Público
e do jornal catalão La Vanguardia, podendo ser lido na internet. Os europeus estão
pesssimistas em relação a uma vitória da Ucrânia e desejam que a paz seja
negociada, mas o que mais surpreende é a posição dos portugueses que, como se
constata, são muito permeáveis às campanhas da generalidade dos comentadores televisivos que não são independentes. Porém, importa reter que 37% dos europeus e 35% dos portugueses desejam que seja negociada a paz entre a Ucrânia e a Rússia.