quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

O apelo para o fim dos combates em Gaza

Não é costume, mas falou e, numa “impassioned and unprecedented intervention”, William Arthur Philip Louis, o Príncipe de Gales que é o herdeiro do trono do Reino Unido e dos Reinos da Comunidade de Nações, declarou que “morreu muita gente no conflito de Gaza” e que, “como outros, eu quero o fim dos combates”. O jornal Daily Mail, bem como toda a imprensa britânica, publicou com grande destaque as declarações do Príncipe William que aqui saudamos vivamente.
No mesmo dia, no Conselho de Segurança das Nações Unidas e pela terceira vez, os Estados Unidos vetaram um projecto de resolução apresentado pela Argélia que exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, que recebera 13 votos a favor e a abstenção do Reino Unido.
É cada vez mais difícil compreender o apoio americano a Benjamin Netanyahu e ao seu governo que é uma “coligação de direita ultranacionalista”, considerada como “o mais conservador governo da história de Israel”. Depois de mais de quatro meses de conflito, os massacres do Hamas de 7 de outubro e a libertação de reféns parecem, cada vez mais, ser apenas um pretexto dos radicais israelitas para forçar os palestinianos de Gaza a abandonarem o seu território. Essa é a verdadeira intenção israelita e a comunidade internacional, que inicialmente compreendeu a musculada resposta de Israel, começa a ver que se foi longe demais e a acreditar que se está perante um caso de genocídio.
Provavelmente, o apoio dos Estados Unidos a Israel está relacionado com as eleições presidenciais que se aproximam, mas criam um ambiente hostil aos americanos naquela região que é demasiado preocupante para a paz mundial. Entretanto, a União Europeia instalada em Bruxelas continua cega, surda e muda. Incapaz. Irresponsável. Desumana. Sem respeito pelos seus valores fundamentais baseados nos princípios da liberdade, democracia, igualdade e direitos humanos.

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