A moda já tem alguns anos e os
estudantes portugueses finalistas do ensino secundário não abdicam dela, isto
é, nesta altura das férias da Páscoa organizam excursões e dirigem-se para o sul
de Espanha.
Ontem chegaram a Punta Umbria, uma zona de veraneio situada a menos
de cinquenta quilómetros da fronteira de Ayamonte e localizada próximo da
cidade de Huelva, cerca de 10.800 visitantes portugueses, entre estudantes e staff de apoio, que viajaram em 200
autocarros.
Pelo terceiro ano consecutivo e durante uma semana tomarão parte no
Festival Village Resort Edition, o
que representa uma ocupação hoteleira de 100% e um total de cerca de 64.800
pernoitas. Além disso, esta “invasão lusitana” implica a criação de cerca de
1.500 postos de trabalho temporário e um impacto económico da ordem de quatro
milhões de euros para o municipio de Punta Umbria: dois milhões cobrados pelos hoteis por alojamento e pensão
completa e 1,79 milhões de euros em despesas a efectuar no comércio local em
supermercados, souvenirs, bares, cafetarias
e outros estabelecimentos.
Punta Umbria tem boas condições para os
pré-universitários portugueses que, com idades em torno dos 17-18 anos, podem
aproveitar a praia e outros recursos turísticos, embora a maioria prefira a
música que é o verdadeiro motor desta festa estudantil. Naturalmente, estas
excursões estimulam muitos excessos, mas as autoridades e os organizadores
devem estar prevenidos. Finalmente, para o comércio local a “invasão lusitana”
é um balão de oxigénio, até porque a Semana Santa terá ficado aquém do
desejável.
O jornal Huelva Información destacava hoje que 11.000 portugueses
deixarão quatro milhões em Punta Umbria. Era uma grande noticia e um grande negócio proporcionado por gente com grande
poder de compra.