No passado
sábado, o grupo fundamentalista islâmico Hamas lançou um violento ataque contra
Israel a partir da Faixa de Gaza, de que resultaram centenas de mortos e um
número ainda indeterminado de reféns. De acordo com todos os relatos a acção do
Hamas foi de grande brutalidade e desumanidade e, de imediato, o estado de
Israel anunciou que estava em guerra, reagindo com o bombardeamento de várias
instalações do Hamas na Faixa de Gaza e com o cerco total desse território,
cortando o abastecimento de água, electricidade, combustíveis e víveres. Sucederam-se as
condenações internacionais ao ataque do Hamas e as declarações de apoio a
Israel e ao seu direito a defender-se, mas também foram expressas algumas
posições a defender um cessar-fogo e negociações que procurem (uma vez mais) implementar
as Resoluções das Nações Unidas – a criação e a coexistência pacífica entre um
estado judeu e um estado árabe.
O secretário-geral das Nações Unidas criticou o
ataque do Hamas, mostrou-se preocupado pela possibilidade deste conflito
alastrar e pela situação humanitária na Faixa de Gaza, tendo apelado às
autoridades israelitas e palestinianas para permitirem a entrada de ajuda
humanitária na Faixa de Gaza, mas também a libertação dos reféns em poder do
Hamas. Nas suas declarações, António Guterres “reconheceu as reivindicações e
os apelos do povo palestiniano, mas que nada pode justificar este tipo de actos
de terror, assassinato e rapto de civis”, mas também “lembrou a Israel que as
operações militares devem ser conduzidas em estrita conformidade com o direito
humanitário internacional", isto é, com respeito pelos civis.
Como hoje destaca
em manchete o jornal La Voix du Nord, que se publica na
cidade francesa de Lille, é um conflito que inquieta o mundo.