A edição de hoje do jornal francês Libération
inclui uma reportagem assinada por Luc Mathieu, o seu enviado especial à Síria,
na qual é retratada a situação por que passa o Daesh. Depois de ter ocupado um
território que chegou a ser maior que a Grã-Bretanha, ou mais de metade da
França, os jihadistas do Daesh ou Estado Islâmico estão agora confinados a um
espaço que não mede mais do que um quilómetro quadrado, isto é, são algumas ruas e edifícios de Al-Baghouz, no
sueste da Síria. Os combates têm sido
muito violentos e os jihadistas têm resistido, usando kamikazes, minas e
drones para deter o avanço dos atacantes, ao mesmo tempo que procuram refúgio em túneis. Porém, algumas centenas deles, por vezes
acompanhados pelas famílias, têm abandonado Al-Baghouz de noite para se entregar às forças
atacantes.
Segundo refere a reportagem, “a vitória das forças curdo-árabes e aliadas é
eminente”, mas apesar da perda da sua base
territorial, que chegou a assustar o mundo, o califado continuará a usar
a sua ideologia para instrumentalizar os seus seguidores. Segundo referem
outros jornais franceses e ingleses, muitos jihadistas já regressaram aos seus
países, mas enquanto alguns se sentirão libertos da vida dura por que passaram,
outros regressarão dispostos a utilizar a violência jihadista. Outros, ainda,
já estão a exigir do NHS England (National Health Service) os mesmos direitos dos
contribuintes ingleses.
O fim da aventura que foi o califado do Daesh, não resolve o problema da Síria, mas é uma boa ajuda para quem anda a tratar disso.
O fim da aventura que foi o califado do Daesh, não resolve o problema da Síria, mas é uma boa ajuda para quem anda a tratar disso.