É, seguramente,
uma das grandes notícias das últimas semanas, embora tivesse sido quase
ignorada pelos grandes mass media
internacionais e só tivesse sido divulgada por iniciativa do Financial
Times, ao publicar uma fotografia de primeira página em que Vladimir
Putin, Recep Erdogan e Hassan Rohani se cumprimentam.
Foi em Sochi, na
passada 5ª feira, que Putin recebeu aqueles dirigentes que se reuniram numa
cimeira trilateral para tratar da questão síria e para intensificar a sua acção
no sentido de resolver um conflito que já dura há oito anos. Quando os
americanos anunciam a sua próxima retirada da região, quando o Daesh parece
estar em vias de extinção e quando já todos reconhecem Bashar el-Assad como o
homem capaz de unir e reconstruir a Síria, vemos Vladimir Putin a aparecer como
o grande vencedor deste conflito, o que significa que os aliados ocidentais
meteram a viola no saco. Foram derrotados “porque apostaram no cavalo errado” e
porque sobreavaliaram a importância dos seus mísseis. O Médio Oriente é
importantíssimo para a paz no mundo, mas não pode ser tratado por dirigentes
ignorantes e obcecados, cujas ideias já foram ultrapassadas pelo tempo e que
cometeram graves erros no Iraque e na Líbia.
Agora, temos os turcos
e os iranianos que nesta guerra estiveram em diferentes trincheiras, a
conversar e, aparentemente, a aceitar as propostas de Putin e a caminhar para
um novo status de equilíbrio na
região, ao mesmo tempo que procuram soluções para o problema dos curdos.
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