quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Que haja sensatez entre a China e Taiwan

O Global Times é um jornal tablóide criado em Pequim no ano de 1993, com posições próximas do Partido Comunista Chinês no que respeita às questões internacionais e que, a partir de 2009, passou a ter uma versão em inglês. Nas suas últimas edições, o jornal tem tratado da problemática relativa à visita de Nancy Pelosi à ilha de Taiwan e dos exercícios militares chineses no estreito de Taiwan, repetindo a tese da reunificação e do regresso de Taiwan à mãe-pátria.
Na sua última edição, o jornal trata do terceiro white paper sobre a questão de Taiwan agora difundido, recordando que em 1993 houvera um primeiro white paper sobre “A questão de Taiwan e a reunificação da China” e que em 2000 houve um segundo white paper sobre “O princípio de uma só China e a questão de Taiwan”. Este terceiro white paper actualiza os anteriores e reafirma “a determinação do Partido Comunista da China (CPC) e do povo chinês, bem como o seu compromisso com a reunificação nacional”, constituindo um aviso ao Partido Progressista Democrático (DPP) de Taiwan, que é secessionista e que actualmente governa a ilha, mas também destaca “o papel perigoso dos Estados Unidos na interrupção do processo de reunificação chinês”.
O white paper publicado pelo Global Times afirma que o CPC está comprometido com a missão histórica de resolver a questão de Taiwan e realizar a reunificação completa da China e diz: “Somos uma China e Taiwan é uma parte da China. Este é um fato indiscutível apoiado pela história e pela lei. Taiwan nunca foi um estado; seu status como parte da China é inalterável”.
O jornal que divulga o terceiro white paper tem a sua primeira página ilustrada com um mapa da República Popular da China (9.597.000 km2), que é 265 vezes maior do que a ilha de Taiwan (36.197 km2), estando ambas a cerca de 130 quilómetros de distância.
Entretanto, os comandos militares chineses avisaram que vão observar de perto a situação no estreito de Taiwan e que organizarão regularmente patrulhas de segurança e de prontidão para combate no estreito, para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial. 
Que haja muita sensatez entre a China e Taiwan!