Os jornais
americanos anunciaram esta manhã que um ataque aéreo americano desencadeado
ontem à noite nos arredores da cidade iraquiana de Bagdad, provocou a morte do
general iraniano Qasem Soleimani. Esta acção foi de imediato interpretada como uma retaliação pelo recente ataque à Embaixada dos Estados Unidos em Bagdad, levada a cabo por manifestantes e milicianos iraquianos, mas também foi classificada como um assassinato de Estado.
Qasem Soleimani
era uma importante figura do regime iraniano e era o comandante da Força Quds,
uma unidade especial do Exército dos Guardas da Revolução Islâmica que tem a
missão de equipar e treinar movimentos revolucionários islâmicos em países
estrangeiros, dependendo directamente do líder supremo, o ayatollah Ali Khamenei. Segundo
informa hoje o The Washington Post o general Soleimani estava em Bagdad para desenvolver
planos destinados a atacar diplomatas e militares americanos, tanto no Iraque como nas
regiões vizinhas, pelo que esta acção teve o objectivo de impedir o
desenvolvimento dos eventuais planos de ataque iranianos que Soleimani pudesse estar a preparar. O Irão já confirmou a morte do seu general, atribuindo-a a um “acto
de terrorismo internacional” e prometeu vingança contra os Estados Unidos pelo “seu
aventureirismo”.
O Iraque parece
ser o local da disputa ou do confronto entre o Irão e os Estados Unidos e
alguns comentadores internacionais têm afirmado que esta escalada americana
e esta iniciativa de Donald Trump são perigosas e podem ser o início de uma guerra de
consequências imprevisíveis, pelo que a União Europeia, a Rússia e a China já
pediram contenção às duas partes. Actualmente haverá cerca de 5.000 soldados
americanos no Iraque com o objectivo de combater o que resta do Daesh e para apoiar
as forças de segurança iraquianas, além de algumas centenas de funcionários
diplomáticos. Naturalmente, o que se espera desta grave situação é que os ânimos se acalmem.