A situação na Síria agrava-se, internacionaliza-se e torna-se cada vez mais mais preocupante. O baluarte da oposição ao regime sírio é a cidade de Homs, que tem sido fortemente bombardeada, embora a contestação ao regime aconteça por todo o território. O Conselho de Segurança das Nações Unidas não conseguiu fazer aprovar uma Resolução que exigia que o Presidente Bashar al-Assad abandonasse o poder e que autorizaria uma intervenção externa para assegurar a protecção de civis, como sucedeu na Líbia. A Rússia e a China bloquearam essa Resolução e mantêm-se ao lado do regime sírio, enquanto há notícia de que 15 mil voluntários iranianos já estarão na Síria.
A Turquia mostra-se apreensiva e apela ao diálogo.
A situação geopolítica da Síria coloca-a na fronteira da moderna conflitualidade mundial – o petróleo, Israel e o Irão, o Hezbollah e o Iraque, as populações xiitas e sunitas, o estreito de Ormuz e o Mediterrâneo Oriental. O diálogo é cada vez mais necessário, sobretudo entre os sírios, mas também entre os ocidentais e os asiáticos, que parece terem encontrado uma causa ou um local para se confrontarem.
O Presidente Obama tem-se mostrado impaciente com o banho de sangue que está a acontecer mas, numa entrevista concedida ao diário Gulf News do Dubai, que é destacada em primeira página, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin lançou um ameaçador aviso: Keep off Syria.
É um aviso que não era habitual desde os tempos da "guerra fria".
Será que no tabuleiro sírio se começa a desenhar the perfect storm?