terça-feira, 7 de outubro de 2025

Angola quer atrair turismo internacional

Depois de muitos anos de guerra intensa, parece que Angola está a seguir um firme rumo de progresso económico e social, embora essas situações não sejam lineares e, por vezes, conduzam a maiores desequilíbrios do que seria desejável. Daí tem resultado um crescente prestígio internacional do estado de Angola, reconhecível na diplomacia, no desporto e na cultura, mas também uma evidente procura de novos eixos de desenvolvimento em sectores económicos, como por exemplo o turismo.
Nesse sentido, a recente realização da Bolsa Internacional do Turismo em Angola, a BITUR 2025, constituiu uma oportunidade para o governo anunciar que o turismo é uma área estratégica para o desenvolvimento angolano, que está aberto a essa realidade e que conta com os operadores turísticos para melhorar e fortalecer este sector da economia nacional. O representante governamental presente na BITUR 2025 anunciou algumas medidas para intensificar a formação profissional nos sectores turístico e hoteleiro, pediu que fossem identificadas áreas atractivas para o turismo e que fossem criados roteiros turísticos inovadores, em linha com a procura internacional. Apelou, ainda, à divulgação do grande potencial turístico de Angola e pediu que as necessidades do sector fossem apresentadas ao governo.
A edição de hoje do jornal O País destacou o discurso governamental sobre o turismo e ilustrou a sua primeira página com um dos maiores ex-libris do turismo angolano: as quedas de Calandula, situadas na província de Malange e no leito rio Lucala, que é afluente do rio Quanza. São as maiores quedas de água de África com 410 metros de comprimento e 105 metros de altura e, até 1975, eram conhecidas como as Quedas do Duque de Bragança. Localizam-se a 420 km de Luanda...

Basta de violência! Haja lugar para a paz!

Perfazem-se hoje dois anos sobre o ataque de 7 de outubro de 2023, em que o Hamas invadiu o território de Israel e assassinou de forma violenta e indiscriminada mais de 1200 pessoas, além de ter sequestrado mais de 250.
Muitas vozes se ouviram então para dizer o óbvio, isto é, que Israel tinha o direito de se defender, mas Benjamin Netanyahu, apoiando-se na ampla solidariedade internacional, logo afirmou que queria ir mais longe e que iria arrasar Gaza. Desde então, uma ofensiva militar já causou mais de 60 mil mortos e destruiu a maior parte do património construído em Gaza, o que é uma vingança desproporcionada e demasiado cruel para uma população indefesa e que, em última instância, até pode não ser apoiante do Hamas. Netanyahu, que tem um mandato de captura emitido pelo TPI e que internamente é acusado de corrupção, tem reafirmado a sua vontade de ocupar todo o território de Gaza, exterminar o Hamas e a resistência palestiniana e, ainda, levar a população a abandonar o território. Dessa forma, pretende alargar o território de Israel e, em associação com o empresário Donald Trump, construir a Riviera do Mediterrâneo Oriental.
Lentamente, o mundo tem acordado para o genocídio que o extremista Netanyahu está a conduzir em Gaza e, recentemente, vários países como o Reino Unido, a França, o Canadá, a Austrália e Portugal reconheceram o Estado da Palestina, mas até esse acto justo e simbólico, foi classificado por alguns imbecis como um prémio ao terrorismo. Nas grandes cidades europeias muitos milhares de manifestantes vêm condenando a injustificada e cruel violência com que os extremistas israelitas continuam a massacrar o povo palestiniano em Gaza, mas volta a falar-se de paz. Nós desejamos a paz.
Hoje o jornal catalão El Punt Avui+ refere o “longo pesadelo” e diz que “dois anos após os ataques do Hamas e a retaliação israelita, a região enfrenta um futuro repleto de incertezas”.