Perfazem-se hoje
dois anos sobre o ataque de 7 de outubro de 2023, em que o Hamas invadiu o
território de Israel e assassinou de forma violenta e indiscriminada mais de
1200 pessoas, além de ter sequestrado mais de 250.
Muitas vozes se
ouviram então para dizer o óbvio, isto é, que Israel tinha o direito de se
defender, mas Benjamin Netanyahu, apoiando-se na ampla solidariedade internacional, logo afirmou que queria ir mais longe e que iria arrasar Gaza. Desde
então, uma ofensiva militar já causou mais de 60 mil mortos e destruiu a maior
parte do património construído em Gaza, o que é uma vingança desproporcionada e
demasiado cruel para uma população indefesa e que, em última instância, até pode
não ser apoiante do Hamas. Netanyahu, que tem um mandato de captura emitido
pelo TPI e que internamente é acusado de corrupção, tem reafirmado a sua
vontade de ocupar todo o território de Gaza, exterminar o Hamas e a resistência
palestiniana e, ainda, levar a população a abandonar o território. Dessa forma,
pretende alargar o território de Israel e, em associação com o empresário
Donald Trump, construir a Riviera do Mediterrâneo Oriental.
Lentamente, o
mundo tem acordado para o genocídio que o extremista Netanyahu está a conduzir
em Gaza e, recentemente, vários países como o Reino Unido, a França, o Canadá,
a Austrália e Portugal reconheceram o Estado da Palestina, mas até esse acto
justo e simbólico, foi classificado por alguns imbecis como um prémio ao
terrorismo. Nas grandes cidades europeias muitos milhares de manifestantes vêm condenando
a injustificada e cruel violência com que os extremistas israelitas continuam a
massacrar o povo palestiniano em Gaza, mas volta a falar-se de paz. Nós desejamos
a paz.
Hoje o jornal catalão
El
Punt Avui+ refere o “longo pesadelo” e diz que “dois anos após os
ataques do Hamas e a retaliação israelita, a região enfrenta um futuro repleto
de incertezas”.
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