Na sequência do condenável
ataque do Hamas contra cidadãos israelitas acontecido no dia 7 de outubro de
2023, que causou cerca de 1200 mortos e 250 reféns, a retaliação israelita contra
a Faixa de Gaza tem sido desproporcionada, provocou mais de 52.900 mortos
e causou a destruição de grande parte das infraestruturas do território onde vivem 2,4
milhões de pessoas. O mundo, especialmente a Europa, tem assistido a esta
catástrofe com demasiada indiferença, ou mesmo com indisfarçada cumplicidade.
A imprensa ignora
ou desvaloriza a catástrofe que está a atingir o povo da Palestina e uma excepção é a
reportagem na edição de hoje do jornal católico francês La Croix.
Com a falsa
narrativa da libertação dos reféns, os extremistas israelitas têm conduzido uma
operação de extermínio dos palestinianos e de destruição de Gaza, que
envergonha o mundo, viola os direitos humanos e é um crime contra a Humanidade.
A intenção de exterminar o povo palestiniano e de transformar o território de
Gaza na Riviera do Médio Oriente, como anunciou Donald Trump, tem sido seguida
pelo tirano Benjamin Netanyahu. Em paralelo, desde o dia 2 de março que os
israelitas bloquearam a entrada da ajuda humanitária para vergar os
palestinianos pela fome, sendo já reportadas situações de fome catastrófica, de
subnutrição aguda, de doença e de morte. Há apenas dois dias, Netanyahu afirmou
que o exército israelita vai entrar em Gaza nos próximos dias “com toda a força
para completar a operação e derrotar o Hamas" e disse não ver qualquer
cenário em que possa parar a guerra.
Finalmente, o
presidente Emmanuel Macron veio dizer que o bloqueio de
ajuda humanitária ao enclave palestiniano é "vergonhoso" e que a
União Europeia precisa repensar a associação com Israel. Macron falou tarde e a más horas, mas
devem lágrimas de crocodilo.
Neste
pequenino Portugal, os nossos dirigentes estão calados. Que tristeza!