sábado, 21 de março de 2020

A preocupação americana com o covid-19


As últimas notícias indicam que nos Estados Unidos já se verificaram 273 mortes devido ao covid-19 e que há, pelo menos, 19.762 pacientes que já foram infectados nos 50 estados americanos.
Há menos de um mês o presidente dos Estados Unidos ainda afirmava que a situação estava “totalmente sob controlo” e que o risco do coronavírus afectar o país era muito baixo, atribuindo essa convicção às medidas que tomara ao proibir a entrada no país de pessoas provenientes da China. De resto, as declarações de Donald Trump sempre desvalorizaram a hipótese de poder haver contágios nos Estados Unidos, certamente para evitar que os americanos entrassem em pânico, mas a realidade foi-se impondo. Há uma semana, já com alguns casos confirmados de pessoas infectadas, o presidente declarou o estado de emergência nacional e insistiu que “os números iam descer”, mas o facto é que eles não param de subir, embora estejam anunciadas muitas medidas para travar a propagação do vírus, como o cancelamento de voos, o encerramento de escolas e, agora, a quarentena obrigatória para 40 milhões de californianos e para os trabalhadores não essenciais dos estados de Connecticut, Illinois e New York. Já não é possível anunciar que que a situação está “totalmente sob controlo”.
Nesta altura, os Estados Unidos encontram-se em sexto lugar na lista de países com mais pessoas infectadas e com mais mortes, depois da Itália, China, Espanha, França e Irão. Por vezes, são feitas acusações aos dirigentes nacionais que não actuaram em tempo oportuno, mas no caso dos Estados Unidos ter-se-à ido longe demais. É, portanto, uma situação muito preocupante que hoje o New York Post ilustra com uma Estátua da Liberdade fechada em casa e em forçada quarentena.