As eleições
presidenciais americanas que se vão realizar no dia 3 de Novembro entraram na
sua recta final com a realização da Convenção Democrata que confirmou a
nomeação do ex-vice-presidente Joe Biden como o seu candidato contra Donald Trump
e aprovou para a vice-presidência a senadora Kamala Devi Harris, a antiga procuradora-geral da Califórnia. A
escolha da senadora Harris gerou uma onda de entusiasmo nas hostes democratas
pelo efeito que esperam venha a ter no voto das mulheres e das comunidades de
origem latino-americana, africana e asiática, tendo tido grande impacto nos media americanos como se pode observar
na edição de hoje do The Washington Post.
De acordo com as
mais recentes sondagens o candidato Joe Biden tem cerca de 50% das intenções de
voto, enquanto Trump está com 42%, mas estes indicadores não são suficientes
para prever o resultado final. Nas eleições de 2016 a senadora Hillary Clinton
liderou as sondagens e teve cerca de três milhões de votos a mais do que Trump,
mas perdeu porque o sistema americano é indirecto, isto é, cada estado elege os
delegados em função da sua dimensão populacional e são esses delegados que vão
constituir o colégio eleitoral de 538 membros que se reunirá no dia 14 de
Dezembro para eleger oficialmente o presidente e o vice-presidente. O vencedor
precisa, portanto, de 270 delegados para vencer.
O candidato mais
votado em cada estado fica com todos os delegados e apenas nos pequenos estados
do Maine e do Nebraska os delegados são escolhidos proporcionalmente aos votos
recolhidos pelos candidatos. Nestas condições, são determinantes os votos nos
estados decisivos, conhecidos por battleground
states, casos da California (55 delegados), Texas (38 delegados), Florida e
Nova Iorque (29 delegados cada), enquanto os três delegados escolhidos em
Montana, Delaware, Wyoming e Vermont são muito menos importantes para o resultado
final.
Faltam 74 dias
para que os americanos votem.