quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Aproximam-se as eleições americanas


As eleições presidenciais americanas que se vão realizar no dia 3 de Novembro entraram na sua recta final com a realização da Convenção Democrata que confirmou a nomeação do ex-vice-presidente Joe Biden como o seu candidato contra Donald Trump e aprovou para a vice-presidência a senadora Kamala Devi Harris, a antiga procuradora-geral da Califórnia. A escolha da senadora Harris gerou uma onda de entusiasmo nas hostes democratas pelo efeito que esperam venha a ter no voto das mulheres e das comunidades de origem latino-americana, africana e asiática, tendo tido grande impacto nos media americanos como se pode observar na edição de hoje do The Washington Post.
De acordo com as mais recentes sondagens o candidato Joe Biden tem cerca de 50% das intenções de voto, enquanto Trump está com 42%, mas estes indicadores não são suficientes para prever o resultado final. Nas eleições de 2016 a senadora Hillary Clinton liderou as sondagens e teve cerca de três milhões de votos a mais do que Trump, mas perdeu porque o sistema americano é indirecto, isto é, cada estado elege os delegados em função da sua dimensão populacional e são esses delegados que vão constituir o colégio eleitoral de 538 membros que se reunirá no dia 14 de Dezembro para eleger oficialmente o presidente e o vice-presidente. O vencedor precisa, portanto, de 270 delegados para vencer.
O candidato mais votado em cada estado fica com todos os delegados e apenas nos pequenos estados do Maine e do Nebraska os delegados são escolhidos proporcionalmente aos votos recolhidos pelos candidatos. Nestas condições, são determinantes os votos nos estados decisivos, conhecidos por battleground states, casos da California (55 delegados), Texas (38 delegados), Florida e Nova Iorque (29 delegados cada), enquanto os três delegados escolhidos em Montana, Delaware, Wyoming e Vermont são muito menos importantes para o resultado final.
Faltam 74 dias para que os americanos votem.