sábado, 9 de junho de 2012

Start the engines, Angela!

Na sua edição de hoje, The Economist analisa a economia global, afirmando que ela está em grave perigo e que uma boa parte da solução depende de uma mulher. E a mais conceituada revista económica mundial recomenda: Start the engines, Angela! A União Europeia é a maior zona económica do mundo e engloba algumas das mais prósperas economias mundiais, como a Alemanha, a França, o Reino Unido, a Itália e a Espanha. Tudo o que se passa neste espaço não respeita apenas aos seus 500 milhões de consumidores, mas tem repercussões globais. Porém, acontece que, desde há alguns anos, a União Europeia vive um problema económico-financeiro (e institucional) que nasceu quando da criação da moeda única e que se acentuou em 2008, depois do caos desencadeado pela falência do Lehman Brothers. Aconteceram então enormes erros, sobretudo na Grécia, Irlanda, Portugal, Chipre, Bélgica, Itália e Espanha, que foram aconselhados a endividarem-se para vencer a crise e que cairam na malha da especulação financeira e da ganância bancária. O endividamento foi excessivo, o crescimento económico tornou-se vacilante, o desemprego atingiu níveis insustentáveis e o risco de catástrofe financeira tem progredido numa incontrolável espiral. As políticas de austeridade impostas para combater o endividamento e o défice público têm aprofundado os problemas, sobretudo na Grécia e na Espanha. Porém, o problema já tem uma dimensão global porque hoje há dificuldades por toda a parte, incluindo nos países emergentes que “parece terem batido na parede”. O Brasil já está a crescer menos do que o Japão. A Índia está a passar por muita confusão. A economia chinesa está em desaceleração. A economia global, como sugere The Economist, é um enorme navio que corre o risco de se afundar sem que ninguém se salve. Estamos todos no mesmo barco e, de facto, isto não vai nada bem. Assim, pelas interligações e interdependências existentes, o destino da economia mundial parece depender cada vez mais da obstinada Angela Merkel e das suas orientações. Mrs Merkel, it’s up to you.