O espaço
mediático está saturado de informação sobre a guerra na Ucrânia, uma parte
verdadeira e outra parte não verdadeira, ou uma parte independente e outra
parte manipulada. Para o cidadão comum, é mesmo difícil perceber o que se passa
no terreno, pois são tantos os comentadores e tantas as opiniões, muitas vezes
disfarçadas de notícias, que todos só podemos ficar baralhados. Porém, o que é
mais evidente nesta tragédia que caiu sobre o povo ucraniano, é o conteúdo
bélico de quase tudo o que se diz, incluindo o desenvolvimento da
contraofensiva ucraniana, a robustez das linhas defensivas russas, a chegada
dos F-16, o efeito da guerra de drones ou a garantia das partes que sairão
vitoriosas deste conflito.
Segundo revela
hoje o Evening Standard, até agora os Estados Unidos já contribuíram
com cerca de 62 mil milhões de libras em ajuda militar, enquanto o Reino Unido
se ficou pelos 4,6 mil milhões, mas “em ambos os casos, uma grande parte desse
dinheiro reverte para as indústrias de defesa dos Estados Unidos e do Reino
Unido”. O resultado é terrível e, segundo o Pentágono, a Rússia já perdeu 270
mil soldados mortos e feridos e a Ucrânia tem um saldo de 200 mil mortos e
feridos desde o início da guerra.
O governo
ucraniano está preocupado com o arrefecimento do apoio americano, devido ao
suposto fracasso da contraofensiva ucraniana, à aproximação da campanha
eleitoral e à falta de apoio da opinião pública americana. Por isso, segundo o
jornal, Zelensky, os ministros e os comandantes ucranianos estiveram
recentemente na fronteira polaca para se encontrarem com altos comandos
militares americanos, para lhes pedir que não abandonem o apoio à Ucrânia, nem
forcem o país a negociar com a Rússia. O temor ucraniano em relação à vontade
de muitos políticos democratas e republicanos americanos de parar o apoio à
Ucrânia, é crescente. É por tudo isto que o Evening Standard diz, que
é preciso parar os combates e conversar, conversar, conversar, como diria o
Papa Francisco.