No contexto das eleições presidenciais americanas chegou ao fim a Convenção Democrática que
escolheu o senador Joe Biden como o seu candidato para enfrentar Donald Trump
no próximo dia 3 de Novembro. A convenção decorreu num ambiente de grande
unidade e as intervenções das principais figuras do Partido Democrata,
incluindo os anteriores presidentes Bill Clinton e Barack Obama, bem como das suas
mulheres, foram devastadoras para o actual presidente que de imediato reagiu, a
mostrar que está inquieto e nervoso com a força, a determinação e a serenidade
que a candidatura de Joe Biden e Kamala Harris está a mostrar.
As eleições
americanas são importantes para os Estados Unidos, mas também são muito
importantes para o mundo, pois trata-se da escolha da pessoa que vai dirigir o
maior complexo militar-industrial e a maior economia do nosso planeta, num
tempo em que se acentuam os desafios da instabilidade regional, da
conflitualidade étnico-religiosa, das alterações climáticas, da desigualdade e
da pobreza e, até, da sobrevivência humana.
As novas
plataformas de comunicação que Donald Trump tem utilizado em larga escala
durante o seu mandato para se promover e justificar os enormes erros que tem
cometido, quer na ordem interna quer na ordem internacional, vão certamente
continuar a ser usadas para difundir fake
news e para criar uma imagem presidencial que, de facto, distorce um
retrato de ignorância, de insensibilidade e de autoritarismo do homem que se
instalou na Casa Branca e de onde não quer sair.
A pandemia do covid-19, a recessão económica, o
desemprego e a crise social que lhe estão associados, devem ter gorado todas as hipóteses do Donald continuar na Casa Branca… mas como dizia um famoso jogador de futebol, “prognósticos só no fim do jogo”.