sábado, 13 de agosto de 2022

O esconderijo secreto de Donald Trump

A luta política e a procura do poder acontecem em todos os regimes e em todo o mundo, embora com intensidades variáveis. No caso dos Estados Unidos, bem nos lembramos da última eleição presidencial de 2020 em que Donald Trump, o presidente então em exercício, não aceitou a derrota na disputa com Joe Biden, o candidato do Partido Democrata.
Agora, com as próximas eleições presidenciais já marcadas para o dia 5 de Novembro de 2024, a política americana começa a movimentar-se. O presidente Joe Biden já anunciou que pretende recandidatar-se numa altura em que contará 82 anos de idade, mas a maioria dos eleitores democratas entendem que o Partido Democrata devia nomear um outro candidato. No que respeita a Donald Trump e embora ainda não tenha anunciado a sua intenção de se candidatar, a maioria dos Republicanos também deseja um outro candidato, apesar das sondagens indicarem que Trump baterá Biden, se ambos disputarem a presidência. Parece, portanto, que o eleitorado não quer Biden nem Trump e há muitas vozes a defender uma terceira via.
Entretanto, o Departamento de Justiça tem estado a investigar o paradeiro de alguma informação classificada como ultrasecreta, que Trump levou para a sua mansão de Mar-a-Lago, no estado da Florida, depois de deixar a Casa Branca. O jornal Daily News chamou-lhe “o esconderijo secreto de Donald”. O FBI foi mandatado para efectuar buscas na referida mansão e “apreendeu onze conjuntos de documentos”, cujo conteúdo “pode causar danos excepcionalmente graves à segurança nacional dos Estados Unidos”, mas Trump nega quaisquer irregularidades e afirma que os documentos em causa não eram classificados. Uns aproveitam para demonstrar que Trump não pode voltar a ser presidente e outros condenam as buscas e afirmam que se trata de perseguição política. Independentemente do caso cujos contornos são pouco conhecidos, o facto é que a campanha eleitoral de 2024 para a Casa Branca já começou.