As eleições presidenciais
venezuelanas realizadas no dia 28 de julho tiveram resultados que foram
contestados interna e externamente, tendo gerado muita instabilidade política e social desde então
e que continua activa, quando já são passados quase quarenta dias.
As ruas de
muitas cidades, como a capital Caracas, encheram-se de manifestantes a constestar a fraude eleitoral e o resultado anunciado, ou a apoiar o presumível vencedor das
eleições, que o actual presidente Nicolas Maduro anunciou ser ele próprio.
Houve confrontos
e muitas centenas de cidadãos foram agredidos pela polícia, daí resultando 27
mortos, 192 feridos e cerca de 2.400 detenções. A generalidade da comunidade
internacional continua sem aceitar os resultados anunciados pelo regime
chavista e tem reclamado a consulta das actas que registaram o apuramento das
votações em cada mesa eleitoral. Entretanto, segundo vem sendo deunciado nos
meios de comunicação de diversos países, tem aumentado a repressão sobre a
oposição venezuelana e sobre os seus dirigentes, tendo o jornal Perú 21 anunciado na sua edição de
hoje que foi emitida uma ordem de detenção contra o ex-diplomata Edmundo
González Urrutia, que foi o candidato que enfrentou o ditador Nicolas Maduro.
Porém,
Edmundo González continua a afirmar que venceu as eleições, mas está escondido desde
há um mês, pois não confia no aparelho repressivo chavista, nem no sistema de justiça venezuelano que está ao
serviço de Nicolás Maduro. Perante a
gravidade crescente da situação, os presidentes Lula da Silva do Brasil e
Gustavo Petro da Colômbia manifestaram “profunda preocupação” pela decisão de deter Edmundo González e esperam encontrar-se com Nicolás Maduro nas próximas
horas para encontrar uma solução pacífica para o imbróglio venezuelano.
Se já
há demasiadas tensões no mundo, porquê sustentar mais uma?