As coisas parece não estarem a correr bem a Donald Trump e a oposição americana
começa a organizar-se para responder a uma linha de actuação presidencial que
muitos consideram provocatória. Esta é, no essencial, a mensagem contida na
última edição da revista francesa L’Express.
Embora o estilo do Donald já tivesse sido revelado durante a campanha
eleitoral que o levou à presidência dos Estados Unidos, pensava-se que o
simbolismo da Casa Branca e a própria experiência presidencial o iriam moderar
nas suas atitudes e no seu discurso, mas parece que ele mantém o seu peculiar estilo.
Começou por exibir a sua forma arrogante e fanfarrona na relação com o
México por causa da construção do muro a separar os dois países. Depois tratou
de advertir o Irão por ter lançado um míssil experimental. Foi insolente para
com a China a propósito da expansão chinesa no mar do Sul da China que, segundo
muitos observadores, é um dos mais perigosos lugares de potencial conflito
militar que temos hoje no mundo. Não tem cessado de hostilizar a União
Europeia, ao mesmo tempo que elogia o Brexit e apoia o governo de Theresa
May. Noutro plano, tratou de insultar os mass media, atacar os emigrantes de origem muçulmana e, agora,
critica a China e ameaça a Coreia do Norte, porque considera que terminou a ”política de paciência estratégica”.
Porém, parece que a oposição americana se está a organizar e a contrariar o Donald em muitas
instâncias do poder. Nos últimos dias, dois juízes bloquearam, primeiro no
Havai e depois em Maryland, o decreto anti-imigração que visa impedir a entrada
de pessoas de origem muçulmana provenientes de seis países de que o Donald não
gosta, mas que serão dos que mais precisam de solidariedade.
Em menos de dois meses, o Donald já
desilude muitos dos que nele votaram e tem a popularidade em queda.