segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

El Loco é o novo presidente da Argentina

O economista Javier Milei assumiu funções como novo presidente da República Argentina e dizem os cronistas que é um homem da ultra-direita, como Donald Trump, Viktor Orbán, Giorgia Meloni ou Jair Bolsonaro. À sua posse assistiram o rei Filipe VI de Espanha, alguns presidentes sul-americanos (Chile, Uruguai, Paraguai e Peru), Viktor Orbán que é o primeiro-ministro da Hungria, o ex-presidente Bolsonaro e, para surpresa de muita gente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que para tal fez um voo de 12.816 quilómetros desde Kiev a Buenos Aires. Nenhum presidente ou chefe de governo do G-20, o grupo das vinte maiores economias do mundo, esteve presente.
Na sua juventude Javier Milei foi apelidado de El Loco, devido à agressividade da sua retórica, mas essa alcunha perdurou até aos nossos dias. O facto é que aproveitando a grave crise económica e social argentina e o desespero de muitos compatriotas, Milei conseguiu ser eleito, pois representou a esperança de uma vida melhor para os argentinos. No seu discurso de posse declarou que teve a “pior herança” que um governo argentino alguma vez recebeu, mas prometeu acabar com “a história de decadência e declínio da Argentina”, cujo índice de inflação se situa actualmente em 142,7% anuais.
Milei disse que “no hay plata” e informou que vai cortar 25 mil milhões de dólares no orçamento argentino, correspondentes a cerca de 5% do PIB, embora também tenha prometido “enterrar décadas de fracasso e disputas sem sentido” e afirmado que “hoje começa uma nova era de prosperidade, uma era de crescimento e desenvolvimento, de liberdade e progresso”. Muitos perguntam se o choque económico de Javier Milei é solução para a crise argentina. Só o tempo o dirá.
Entretanto, é caso para perguntar o que fez correr Volodymyr Zelensky para Buenos Aires, a capital de um país onde "no hay plata"?