O economista Javier
Milei assumiu funções como novo presidente da República Argentina e dizem os
cronistas que é um homem da ultra-direita, como Donald Trump, Viktor Orbán,
Giorgia Meloni ou Jair Bolsonaro. À sua posse assistiram o rei Filipe VI de Espanha,
alguns presidentes sul-americanos (Chile, Uruguai, Paraguai e Peru), Viktor
Orbán que é o primeiro-ministro da Hungria, o ex-presidente Bolsonaro e, para
surpresa de muita gente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que para
tal fez um voo de 12.816 quilómetros desde Kiev a Buenos Aires. Nenhum
presidente ou chefe de governo do G-20, o grupo das vinte maiores economias do
mundo, esteve presente.
Na sua juventude
Javier Milei foi apelidado de El Loco,
devido à agressividade da sua retórica, mas essa alcunha perdurou até aos
nossos dias. O facto é que aproveitando a grave crise económica e social
argentina e o desespero de muitos compatriotas, Milei conseguiu ser eleito,
pois representou a esperança de uma vida melhor para os argentinos. No seu
discurso de posse declarou que teve a “pior herança” que um governo argentino
alguma vez recebeu, mas prometeu acabar com “a história de decadência e
declínio da Argentina”, cujo índice de inflação se situa actualmente em 142,7% anuais.
Milei disse que
“no hay plata” e informou que vai cortar 25 mil milhões de dólares no orçamento
argentino, correspondentes a cerca de 5% do PIB, embora também tenha prometido “enterrar
décadas de fracasso e disputas sem sentido” e afirmado que “hoje começa uma
nova era de prosperidade, uma era de crescimento e desenvolvimento, de
liberdade e progresso”. Muitos perguntam se o choque económico de Javier Milei é solução para a crise argentina. Só o tempo o dirá.
Entretanto, é
caso para perguntar o que fez correr Volodymyr Zelensky para Buenos Aires, a capital de um país onde "no hay plata"?
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