segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Os maus efeitos das mudanças climáticas

Nos últimos dias o mundo tem sido confrontado com algumas catástrofes de origem meteorológica, que no continente norte-americano se têm traduzido por violentas tempestades, gigantescas inundações e destruidores tornados, sobretudo no Texas, mas também por cheias devastadoras na América do Sul. As imagens televisivas que nos têm chegado são esclarecedoras da destruição provocada por este tipo de fenómenos, mostrando os efeitos catastróficos por eles provocados.
Mais perto de nós, também se têm verificado inundações “sem precedentes” no norte da Inglaterra, sobretudo nas regiões de Leeds, Manchester e York. Centenas de pessoas tiveram que ser evacuadas das suas casas, as ruas das cidades foram invadidas pelas águas, submergindo viaturas e inundando casas, enquanto o abastecimento de electricidade foi afectado em muitas regiões. Hoje, todos os jornais ingleses destacam este assunto com elucidativas imagens, mas o jornal i salienta-se pelo seu título: as cheias transformaram as ruas urbanas em canais.
Estes fenómenos resultam das mudanças climáticas que vêm ocorrendo e que constituem a maior ameaça do século XXI para toda a Humanidade, com graves consequências para a vida humana, mas também para os recursos e as actividades em que se tem baseado o progresso.

Luso-descendentes asiáticos organizam-se

O jornal hojemacau destaca hoje como principal notícia de capa que os luso-descendentes asiáticos criticam a CPLP e que se sentem “humilhados e esquecidos”, pelo que estão a organizar-se em bloco, como resposta ao que consideram ser o esquecimento daquela organização dos países de língua portuguesa, que apenas se interessa pelas “nações ricas”. Essa resposta nascerá de um encontro a ter lugar em Malaca, onde reside uma das maiores comunidades de descendentes de portugueses, por altura da festa do São Pedro, que se realiza entre 23 e 29 de Junho do próximo ano. Segundo revelaram os seus organizadores, esse encontro terá representantes da Malásia (Malaca), Índia (Goa, Damão e Diu), Sri Lanka, Singapura, China (Macau), Tailândia (Banguecoque), Austrália (Perth), Indonésia (Jacarta, Ambon e Flores), Timor-Leste e Myanmar, embora haja muitos outros lugares onde existem comunidades luso-descendentes. Muitas destas comunidades sobreviveram a séculos de isolamento, mas têm sido “redescobertas” nos tempos mais recentes devido ao interesse de académicos e de alguns (poucos) diplomatas, à facilidade de viajar e de comunicar, ao turismo e à internet.
A organização do encontro que é dinamizada por Joseph Sta Maria, um cidadão de Malaca, reconheceu que as comunidades euro-asiáticas são minorias sem força política, mas são grupos que “mantém a cultura portuguesa há cinco séculos” e que,. em muitos casos, ainda comunicam em português, utilizando um crioulo malaio-português.
Não sei o que poderá fazer a CPLP para ajudar esta organização, mas certamente que o governo português poderá dinamizar este evento por diferentes formas quer simbólicas quer concretas,, através da Secretaria de Estado das Comunidades. A aspiração daquelas comunidades é muito legítima e a remuneração anual de um só gestor do Banif dava para fazer muito...