O jornal
hojemacau destaca hoje como principal notícia de capa que os
luso-descendentes asiáticos criticam a CPLP e que se sentem “humilhados e
esquecidos”, pelo que estão a organizar-se em bloco, como resposta ao que
consideram ser o esquecimento daquela organização dos países de língua
portuguesa, que apenas se interessa pelas “nações ricas”. Essa resposta nascerá
de um encontro a ter lugar em Malaca, onde reside
uma das maiores comunidades de descendentes de portugueses, por altura da festa
do São Pedro, que se realiza entre 23 e 29 de Junho do próximo ano. Segundo
revelaram os seus organizadores, esse encontro terá representantes da Malásia
(Malaca), Índia (Goa, Damão e Diu), Sri Lanka, Singapura, China (Macau),
Tailândia (Banguecoque), Austrália (Perth), Indonésia (Jacarta, Ambon e
Flores), Timor-Leste e Myanmar, embora haja muitos outros lugares onde existem
comunidades luso-descendentes. Muitas destas comunidades sobreviveram a séculos
de isolamento, mas têm sido “redescobertas” nos tempos mais recentes devido ao
interesse de académicos e de alguns (poucos) diplomatas, à facilidade de viajar
e de comunicar, ao turismo e à internet.
A organização do
encontro que é dinamizada por Joseph Sta Maria, um cidadão de Malaca, reconheceu que as comunidades euro-asiáticas
são minorias sem força política, mas são grupos que “mantém a cultura
portuguesa há cinco séculos” e que,. em muitos casos, ainda comunicam em português,
utilizando um crioulo malaio-português.
Não sei o que poderá fazer a CPLP para
ajudar esta organização, mas certamente que o governo português poderá
dinamizar este evento por diferentes formas quer simbólicas quer concretas,, através da Secretaria de Estado
das Comunidades. A aspiração daquelas comunidades é muito legítima e a remuneração anual de um só gestor do Banif dava para fazer
muito...
Interessante. Sem dúvida todos gostaríamos de ter essas comunidades mais próximas de nós, quiçá até na CPLP, mas como se tratam de regiões de outros países soberanos, isso não constitui ingerência nos assuntos internos de outros? Apesar de tudo, creio que são essas comunidades que têm de dar um passo na nossa direção, antes de as recebermos, se for do benefício de todos.
ResponderEliminarTambém temos de fortalecer a nossa língua, começando por pararmos de escrever em brasileiro, o que altera o nosso escrever artificialmente. Saudações de Brasília.