A Fonte Monumental da Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, vulgarmente conhecida como Fonte Luminosa voltou a funcionar em pleno, depois de ter sido objecto de uma demorada e profunda intervenção de restauro.
A Fonte foi construída para celebrar o abastecimento regular de água à zona oriental da cidade e a sua inauguração solene realizou-se no dia 30 de Maio de 1948. Foi uma das obras mais simbólicas da arquitectura do Estado Novo, incorporando esculturas da autoria de Maximiano Alves e de Diogo de Macedo e baixos-relevos laterais de Jorge Barradas.
Nos últimos anos a Fonte Luminosa esteve abandonada, vandalizada, sem qualquer tipo de manutenção e acabou por ser encerrada, tornando-se um símbolo da decadência e de um certo abandono da Alameda, um bairro onde outrora pontificava uma população jovem que estudava no Técnico e que frequentava os cafés Império e Pão de Açucar. Para quem antes conhecera a Alameda, não podia deixar de sentir uma enorme tristeza quando contemplava a decadente estrutura da Fonte Luminosa.
Ao decidir levar a efeito a reabilitação daquele conjunto arquitectónico, sobretudo para retomar os seus tradicionais “jogos de água”, que é uma das vertentes mais admiradas desta emblemática fonte, a Câmara Municipal de Lisboa revelou uma elevada sensibilidade às questões da qualidade de vida dos munícipes e à estética da cidade. A reabilitação urbana, pública ou privada, é sempre um estímulo à actividade económica e ao emprego, mas neste caso é, também, um contributo para a preservação do património e para a reanimação de uma importante zona cidade.