segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Graves acusações pesam sobre Bolsonaro

A última edição da revista brasileira IstoÉ dedica a sua capa a Jair Bolsonaro, que caricatura como um novo Adolfo Hitler e a quem chama “mercador da morte”. Trata-se de uma grave denúncia ao comportamento do presidente brasileiro que não é recente, mas que foi impulsionada no passado mês de Agosto, quando a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) o acusou do genocídio da população nativa junto do Tribunal Penal Internacional (TPI). Segundo essa acusação, o presidente Bolsonaro fez uma má gestão da pandemia, daí resultando a morte de mais de mil indígenas de 163 povos brasileiros, pelo que solicitou ao TPI uma investigação a Jair Bolsonaro por crimes contra a humanidade e genocídio.
Mais recentemente, também a Comissão de Inquérito do Senado (CPI) à covid-19, denunciou Jair Bolsonaro porque durante a pandemia patrocinou experiências desumanas inspiradas no horror nazi, em que foram usados métodos cruéis comparáveis aos do Terceiro Reich, que levaram a milhares de mortes. Aquela comissão apontou uma dezena de crimes que Bolsonaro cometeu pessoalmente, incluindo genocídio e charlatanismo. Segundo a referida revista IstoÉ, “ao declarar que não se vacinará, estimulou os mais fiéis seguidores da sua seita negacionista e obscurantista a fazer o mesmo”, o que directamente o responsabiliza. Também a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu um parecer segundo o qual Bolsonaro “pode ter cometido genocídio contra indígenas”. Por isso, por decisão da CPI à covid-19, o presidente do Brasil vai ser indiciado por onze crimes entre os quais, prevaricação, genocídio de indígenas e crime contra a humanidade, pois subestimou a pandemia, sabotou o auxílio de emergência, atrasou a vacinação e demitiu ministros que sabiam de saúde, entre outros graves erros. Costuma dizer-se que não há fumo sem fogo, mas esta revista parece que vai longe demais. Ou não.