A última edição
da revista brasileira IstoÉ dedica a sua capa a Jair
Bolsonaro, que caricatura como um novo Adolfo Hitler e a quem chama “mercador da
morte”. Trata-se de uma grave denúncia ao comportamento do presidente
brasileiro que não é recente, mas que foi impulsionada no passado mês de Agosto,
quando a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) o acusou do genocídio
da população nativa junto do Tribunal Penal Internacional (TPI). Segundo essa
acusação, o presidente Bolsonaro fez uma má gestão da pandemia, daí resultando a
morte de mais de mil indígenas de 163 povos brasileiros, pelo que solicitou ao
TPI uma investigação a Jair Bolsonaro por crimes contra a humanidade e
genocídio.
Mais
recentemente, também a Comissão de Inquérito do Senado (CPI) à covid-19, denunciou Jair Bolsonaro porque
durante a pandemia patrocinou experiências desumanas inspiradas no horror nazi,
em que foram usados métodos cruéis comparáveis aos do Terceiro Reich, que levaram a
milhares de mortes. Aquela comissão apontou uma
dezena de crimes que Bolsonaro cometeu pessoalmente, incluindo genocídio e
charlatanismo. Segundo a referida revista IstoÉ, “ao declarar que não se
vacinará, estimulou os mais fiéis seguidores da sua seita negacionista e
obscurantista a fazer o mesmo”, o que directamente o responsabiliza. Também a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu um parecer segundo o qual Bolsonaro
“pode ter cometido genocídio contra indígenas”. Por isso, por decisão da CPI à covid-19, o presidente do Brasil vai ser
indiciado por onze crimes entre os quais, prevaricação, genocídio de indígenas
e crime contra a humanidade, pois subestimou a pandemia, sabotou o auxílio de
emergência, atrasou a vacinação e demitiu ministros que sabiam de saúde, entre
outros graves erros. Costuma dizer-se que não há fumo sem fogo, mas esta revista parece que vai longe demais. Ou não.
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