Jimmy Carter, que
foi o 39º presidente dos Estados Unidos entre 1977 e 1981, faleceu no dia 29 de
Dezembro de 2024 na sua casa em Plains, no estado da Geórgia. Tinha 100 anos de
idade e um enorme prestígio nacional e internacional, porque lhe foram sempre
reconhecidos os esforços para aliviar tensões em pontos críticos do mundo, designadamente
nas Coreias e no Médio Oriente, bem como na procura da paz na Bósnia e no
Sudão. Quando em 1980 perdeu a sua reeleição para o seu adversário Ronald
Reagan, afirmou que não iria usar o seu passado político para enriquecer.
Assim, em 1982 fundou o Carter Center, uma organização não-governamental e sem
fins lucrativos, com o objectivo de aprofundar os direitos himanos e aliviar o
sofrimento humano em mais de oitenta países. Em 2002 foi distinguido com o
Prémio Nobel da Paz em reconhecimento pelas suas décadas de esforços para
encontrar soluções pacíficas para os conflitos internacionais.
O presidente Joe
Biden decretou um funeral de estado, que se realizou ontem na Catedral Nacional de
Washington e que teve a presença de todos os cinco
ex-presidentes vivos dos Estados Unidos — Bill Clinton, George W. Bush, Barack
Obama, Donald Trump e Joe Biden — mas também de algumas (poucas) personalidades
internacionais: Justin
Trudeau, primeiro-ministro
do Canadá; Yoshihide
Suga,
ex-primeiro-ministro do Japão; Marcelo
Rebelo de Sousa, presidente
de Portugal; Prince Edward, Duque de Edimburgo, representando o rei Carlos III; Gordon
Brown, ex-primeiro-ministro
do Reino Unido; António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas.
Significa que
Marcelo Rebelo de Sousa foi o único presidente do mundo a despedir-se de Jimmy
Carter. Marcelo não se ficou por funerais em Odemira, não resistiu e foi a
Washington. Então não há por lá um embaixador de Portugal que nos possa representar?
A edição de hoje
do jornal Toronto Star escreveu que “chefes de estado e ex-líderes se
reúnem para prestar homenagem a Jimmy Carter”. Não é verdade, pois só lá esteve
um presidente não americano. Foi Marcelo Rebelo de Sousa, que continua a
gastar-nos o dinheiro com estes exageros de representação e que se vê na
fotografia publicada no jornal, a olhar embevecido para Donald Trump.