domingo, 14 de julho de 2024

Atentado contra Donald Trump e o futuro

Donald Trump, o ex-presidente dos Estados Unidos e que actualmente está na corrida presidencial contra Joe Biden, foi alvo de um atentado num comício que se estava a realizar em Buller, no estado da Pensilvânia. Ele discursava, quando foram ouvidos tiros no meio da multidão e se viu que Donald Trump levara a mão direita ao pescoço. As imagens entretanto divulgadas mostram que Trump foi atingido na orelha direita, que sangrou abundantemente, ao mesmo tempo que alguns agentes dos serviços secretos correram para o palco para o proteger. Segundo foi divulgado pelo próprio, o candidato presidencial está fora de perigo.
As consequências políticas deste acontecimento são evidentes e vão beneficiar Trump, consolidando o seu favoritismo para chegar à Casa Branca. Até parece que foi uma montagem destinada a favorecê-lo, mas o jornal The Washington Post foi claro ao noticiar que, segundo o FBI, “o tiroteio em comício de Trump foi tentativa de assassinato”.
Trata-se de mais um caso da extrema violência que atravessa a sociedade americana, neste caso com contornos políticos, cujas consequências se assemelham ao que aconteceu no Brasil em 2018 quando Jair Bolsonaro foi esfaqueado, vindo a vencer as eleições presidenciais brasileiras que se realizaram um mês depois.
Numa altura de grande preocupação universal, como se viu nas conclusões da recente cimeira da NATO e na cegueira de tantos dirigentes mundiais, na guerra da Ucrânia e no continuado massacre do povo palestiniano, no agravamento das consequências das alterações climáticas e na subserviência europeia aos interesses americanos, a tentativa de assassinato de um candidato presidencial americano, tal como o atentado em Maio contra o primeiro-ministro da Eslováquia Robert Fico, mostram como está a intolerância política. 
No caso dos Estados Unidos, que é a mais poderosa nação do mundo, a preocupação é naturalmente maior com tudo o que vamos sabendo sobre a corrida presidencial.

Tadej Pogačar, o ídolo mundial do ciclismo

A 111ª edição do Tour de France está a decorrer e ontem disputou-se a 14ª etapa entre Pau e a estância de Saint-Lary-Soulan, ou pla d’Adet, nos Pirinéus franceses. Depois de subirem várias montanhas, incluindo o famoso Col du Tourmalet, os ciclistas aproximavam-se da meta quando o esloveno, que enverga a camisola amarela e se chama Tadej Pogačar, decidiu arrancar. Estava a cerca de cinco quilómetros da meta e ninguém o conseguiu acompanhar. O dinamarquês Jonas Vingegaard ficou a 39 segundos e o belga Remco Evenepoel chegou 01.10 minutos depois. O português João Almeida, que é companheiro de equipa de Pogačar, conseguiu chegar à meta com um atraso de 01.31 minutos, o que lhe permitiu conservar o 4º lugar da classificação geral.
Vários jornais franceses e espanhóis destacaram a vitória de Tajed Pogačar no pla d’Adet, com fotografias de primeira página, como aconteceu com o L’Esportiu, que se publica em Barcelona. De facto, estamos perante um campeão de eleição. que já é um ícone do ciclismo mundial.
Porém, para além dos aspectos desportivos e competitivos, o aspecto porventura mais relevante desta e das outras etapas do Tour de France é a sua realização televisiva, pois permite viver o desenvolvimento e a emoção da prova, mas também a beleza das paisagens, a monumentalidade do património e a entusiástica adesão popular à prova.
Hoje há mais e os ciclistas terão que subir cinco montanhas de 1ª categoria! Desejamos e até esperamos um bom desempenho de João Almeida.