Donald Trump, o
ex-presidente dos Estados Unidos e que actualmente está na corrida presidencial
contra Joe Biden, foi alvo de um atentado num comício que se estava a realizar em
Buller, no estado da Pensilvânia. Ele discursava, quando foram ouvidos tiros no
meio da multidão e se viu que Donald Trump levara a mão direita ao pescoço. As
imagens entretanto divulgadas mostram que Trump foi atingido na orelha direita,
que sangrou abundantemente, ao mesmo tempo que alguns agentes dos serviços
secretos correram para o palco para o proteger. Segundo foi divulgado pelo
próprio, o candidato presidencial está fora de perigo.
As consequências
políticas deste acontecimento são evidentes e vão beneficiar Trump, consolidando
o seu favoritismo para chegar à Casa Branca. Até parece que foi uma montagem
destinada a favorecê-lo, mas o jornal The Washington Post foi claro ao
noticiar que, segundo o FBI, “o tiroteio em comício de Trump foi tentativa de
assassinato”.
Trata-se de mais
um caso da extrema violência que atravessa a sociedade americana, neste caso
com contornos políticos, cujas consequências se assemelham ao que aconteceu no
Brasil em 2018 quando Jair Bolsonaro foi esfaqueado, vindo a vencer as eleições
presidenciais brasileiras que se realizaram um mês depois.
Numa altura de
grande preocupação universal, como se viu nas conclusões da recente cimeira da
NATO e na cegueira de tantos dirigentes mundiais, na guerra da Ucrânia e no
continuado massacre do povo palestiniano, no agravamento das consequências das
alterações climáticas e na subserviência europeia aos interesses americanos, a
tentativa de assassinato de um candidato presidencial americano, tal como o
atentado em Maio contra o primeiro-ministro da Eslováquia Robert Fico, mostram
como está a intolerância política.
No caso dos Estados Unidos, que é a mais
poderosa nação do mundo, a preocupação é naturalmente maior com tudo o que
vamos sabendo sobre a corrida presidencial.