As edições dos três jornais macaenses que se publicam em
português destacam hoje na sua primeira página uma fotografia da maquete do
edifício da futura Biblioteca Central de Macau.
A intenção de construir uma biblioteca moderna já era
antiga e o primeiro concurso para o projecto de arquitectura foi lançado em 2008,
mas acabou por ser suspenso. Depois houve avanços e recuos que se arrastaram
por muito tempo, mas parece que finalmente o projecto vai arrancar. No passado mês de Setembro foi anunciado que a nova Biblioteca
Central seria construída na Praça do Tap Seac, no centro da cidade e no local
onde se localizou o antigo Hotel Estoril, estando já escolhidas as quatro equipas
de projectistas que integravam a short
list – uma holandesa, uma finlandesa, uma suiça e outra irlandesa.
Agora, o governo de Macau anunciou que o atelier holandês Mecanno foi escolhido
para desenvolver o projecto que apresentou. No seu portfólio a Mecanno conta
com diversos projectos de referência como a Biblioteca de Birmingham, a
renovação da Biblioteca Central Pública de Nova Iorque e a Biblioteca Dr.
Martin Luther King em Washington. A escolha da Mecanno baseou-se na sua
experiência neste tipo de projectos e no moderno design que apresentou, mas também foram analisados outras variáveis
como o custo global, a dificuldade de construção, a concepção energética, a
disposição funcional e os custos de design, entre outros. Os conceitos
nucleares do projecto assentam na imagem de um livro, de estantes e lombadas e
de uma página que se abre no centro da cidade.
As autoridades esperam que, mais do que um edifício onde
se guardam livros, o novo edifício se torne num ex-libris da modernidade de
Macau e um centro cultural de referência. A obra terá um custo estimado de 500 milhões de patacas
(cerca de 52 milhões de euros) e espera-se que fique concluída em 2025.