Toda a costa continental
portuguesa desde Caminha a Vila Real de Santo António, foi assolada por um temporal
de magnitude pouco habitual e com forte agitação marítima. Muitas pessoas
disseram nunca ter visto ondas tão grandes e chamaram-lhes “ondas gigantes”. As televisões mostraram as imagens das ondas e dos seus efeitos. O
Instituto Hidrográfico registou na sua rede de ondógrafos as ondas de 19 metros
de altura e os ventos de 107 quilómetros por hora ao largo da Nazaré. Ao largo
de Sines registaram-se ondas de 17,5 metros de altura, o que corresponde ao
maior valor registado naquela zona nos últimos 25 anos. Foram ainda registadas
ondas de 15,6 metros de altura em Leixões e de 9,1 metros de altura em Faro. A forte agitação marítima provocou avultados estragos na generalidade
das praias portuguesas, tendo sido destruídos muros de protecção, embarcações, estabelecimentos,
mobiliário urbano e árvores. A Foz do Douro foi uma das áreas mais afectadas,
tendo sido arrastadas e danificadas pelo mar algumas dezenas de carros.
A agitação marítima proporciona sempre imagens muito atraentes e o jornal i não perdeu a oportunidade,
tendo utilizado a espectacular fotografia do mar a saltar sobre o farol da Foz
do Douro para ilustrar a primeira página da sua edição de hoje.