quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Os salários da RTP

A edição de hoje do Correio da Manhã destaca na sua primeira página os “salários milionários na RTP”, assinalando que o seu quadro de funcionários mostra que 64 profissionais têm vencimentos acima de cinco mil euros, além de vários tipos de subsídios. Engordam à nossa custa! Vários funcionários recebem remunerações com cinco dígitos e as chamadas "estrelas" com contratos de prestação de serviços, apresentam mensalmente uma factura de algumas dezenas de milhares de euros.
Há dias, a revista "Sábado" informava que na RTP “há 66 carros da empresa, de alta cilindrada (Audis), atribuídos a directores, subdirectores e assessores”.
A RTP recebe cerca de 400 milhões de euros de indemnizações compensatórias e taxa do audiovisual. São pagos por nós! O serviço produzido que nos é apresentado, onde se incluem as foleiradas que são a “Praça da Alegria”, o “Portugal no Coração”, o “Preço Certo” e “Quem quer Milionário”, é chocantemente medíocre, por vezes boçal e objectivamente embrutecedor. Acho mesmo que a RTP tem largas responsabilidades no retrocesso global por que passa a sociedade portuguesa.
A RTP vive num regabofe e foi tomada de assalto por gente pouco recomendável. É uma indignidade. Fechem-na depressa. Não precisamos dela para nada.

Primitivos Portugueses

O Museu Nacional de Arte Antiga apresentou a exposição Primitivos Portugueses (1450-1550) - O Século de Nuno Gonçalves, que reuniu e colocou em confronto mais de 160 pinturas portuguesas dos séculos XV e XVI, provenientes de colecções públicas e privadas, onde se incluíam importantes obras de museus de Itália, França, Bélgica e Polónia.
A exposição assinala o centenário da primeira apresentação pública dos Painéis de S. Vicente, realizada em 1910, que desde então passaram a constituir, nacional e internacionalmente, a obra “fundadora” e mais célebre da arte da pintura em Portugal. Além disso, a exposição procura documentar as noções de “originalidade artística” e de “identidade nacional”, tradicionalmente associadas ao brilhante ciclo criativo dos "Primitivos Portugueses", iniciado por Nuno Gonçalves e depois prosseguido e consolidado por outros pintores da primeira metade do século XVI. A dimensão e o conteúdo da exposição legitima a existência de uma escola portuguesa desde meados do século XV, independente das escolas flamenga e castelhana que lhe são posteriores, a que por vezes tem sido associada.
Esta exposição foi, seguramente, um importante e erudito evento cultural que o MNAA ofereceu ao público de Lisboa.