A prestigiada
revista francesa Le Nouvel Observateur, também conhecida como L’Obs,
dedicou esta semana um número especial ao conflito entre Israel e a Palestina, ou
“à trágica história de uma terra prometida”.
Esta edição mostra
como o conflito do Médio Oriente e a questão de Gaza têm uma enorme importância
no panorama político internacional e analisa o historial daquele conflito histórico,
que foi reactivado com os acontecimentos do passado dia 7 de Outubro. O que de
violento então se passou sob o comando do Hamas é bem conhecido, como também é
conhecida a reacção israelita que tem sido criticada pela comunidade
internacional por ser desproporcionada, violenta, desumana e violadora de todas
as regras humanitárias. Através da televisão vamos vendo como o património
habitacional de Gaza está destruído e como os seus dois milhões de habitantes
estão a ser objecto de verdadeiro genocídio. Voltou-se a um contexto de
barbárie como ninguém pensava que pudesse acontecer.
A resolução do
Conselho de Segurança das Nações Unidas que foi ontem aprovada em Nova Iorque,
apela a medidas urgentes para permitir de imediato um acesso humanitário
seguro, sem entraves e alargado, à Faixa de Gaza e pede para serem criadas “as
condições para uma cessação sustentável das hostilidades”. Foi aprovada por
treze países mas teve a abstenção dos Estados Unidos e da Rússia. É pouco, é mesmo muito pouco. É preciso parar com a brutalidade israelita porque o que está a ser feito não é "o exercício do direito de defesa".
Como é possível
que o mundo se limite a votar nas Nações Unidas e ninguém trave esta brutal e
desenfreada vingança israelita, visando o extermínio do povo palestiniano. No
caso da União Europeia é absolutamente condenável a indiferença com que assiste
a esta brutalidade e a esta crise humanitária, ou até o seu alinhamento
oficioso ao lado de Israel. E por aqui, como é curioso e chocante o discurso pró-israelita de tantos dos nossos comentadores televisivos.