Donald Trump tomou posse como o 47º presidente dos Estados Unidos no dia 20 de Janeiro de 2025 e, desde então, uma onda de inquietação tem abalado o mundo e, naturalmente, também os Estados Unidos.
Essa inquietação resulta do comportamento pessoal, fanfarrão e muito extrovertido do próprio presidente e das medidas tomadas pela sua administração, que se manifestam nas tentativas para resolver os conflitos em curso no mundo, nas alterações radicais às práticas comerciais, nas ameaças às anexações territoriais de territórios vizinhos como o Canadá e a Gronelândia e, mais recentemente, nas acções tendentes a reforçar o poder federal americano e a minimizar os poderes estaduais, sobretudo quando são exercidos por membros do Partido Democrata.
Na sua mais recente edição, a revista The Economist publica um editorial intitulado “American disorder” e, como subtítulo, pergunta “o que acontece quando um radical artista de palco tem o comando de um exército”. O texto refere que, ao decidir enviar tropas federais para Los Angeles para assegurar a ordem pública e controlar os imigrantes ilegais ou indocumentados, o presidente Donald Trump está a provocar a desordem no estado da Califórnia. Essa é a opinião da presidente da Câmara de Los Angeles, Karen Bass, e do governador da Califórnia, Gavin Newson, que foi claro ao dizer que Trump “prefere o teatro à segurança pública”. Esta situação poderá vir a afectar outras grandes cidades, sobretudo as que são governadas por democratas, onde Trump deseja que apareça um ciclo de protesto, violência e repressão, que façam dele o homem forte de que os Estados Unidos precisam para resolver esse conflito.
No entanto, segundo refere o editorial do The Economist, “o que serve Trump é perigoso para os Estados Unidos” e, por isso, “este é um momento perigoso para os Estados Unidos”.