Na sequência das
suas ameaças pré-eleitorais, Donald Trump deu início à sua anunciada guerra
comercial, impondo tarifas aduaneiras de 25% aos produtos importados do Canadá
e do México e uma taxa adicional de 10% aos produtos importados da China
porque, segundo afirmou, “temos de proteger os americanos”. Além das razões económicas, Donald Trump acusa esses países de serem responsáveis pela droga que entra nos Estados Unidos e
que causa a morte a muitos americanos. Os governos
canadiano e mexicano já reagiram e afirmaram que iriam responder, tendo o
primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau anunciado, de imediato, que iriam
ser aumentadas as tarifas aduaneiras sobre os 155 mil milhões de dólares em
produtos que o Canadá importa dos Estados Unidos.
Entretanto, o
jornal Toronto Sun anunciava na sua edição de ontem – prepare-se para a confusão – ilustrando
a guerra comercial que Donald Trump anunciou, com a imagem dos punhos de um
boxeador canadiano e de um boxeador americano.
Sobre este
assunto, o economista americano Paul Krugman, prémio Nobel da Economia em 2008,
comentou que “Trump está a ser brando com a China e duro para com o Canadá” e
pergunta se estas decisões são em nome do “interesse nacional” ou em nome do
“interesse pessoal”, porque está a impor tarifas duras a um aliado que “nada
fez de errado”, enquanto trata “com luvas de pelica” um rival económico e
potencial inimigo militar.
Entretanto,
Donald Trump também anunciou que pretende impor tarifas aduaneiras à União
Europeia no futuro próximo. Está visto, portanto, que o MAGA (Make America Great Again) assenta na
defesa dos interesses económicos dos Estados Unidos, incluindo naturalmente, as
vendas dos sectores da defesa e do armamento, que o Mark Rutte veio tão
descarada e grosseiramente impingir a Portugal, como se o nosso país não fosse
um estado soberano.