Apresento hoje o 8º cromo da minha colecção - um verdadeiro meteoro na sua ascensão política e, sobretudo, na rapidez com que acumulou riqueza.
Andou no seminário, mas não era essa a sua vocação. Por isso veio da serra para a cidade, entrou na política, tornou-se um barão no seu partido e, com 36 anos de idade, chegou a ministro.
Esteve 8 anos no governo. Viu muita coisa. Aprendeu. Deslumbrou-se. Em 1995 deixou de ser ministro e, mais tarde, declarou que "quando saí da política não tinha dinheiro nenhum", mas em 1991 já tinha comprado e remodelado uma vivenda no Estoril, por 150 mil contos. A origem do dinheiro para a compra e obras foi então questionada pelo jornal "Expresso". Como poderia um modesto vencimento de governante e de advogado em part-time suportar tamanho luxo?
Não procurou emprego nas páginas de anúncios, nem mandou currículos para as empresas. Os amigos arranjaram-lhe emprego. Chegou rapidamente à SLN e ao BPN. Aquilo é que foi festa. Sempre a somar!
Seis anos depois, só com os negócios do BPN, parece que tinha ganho 8 milhões de euros. Estava rico e poderoso. Influente. Aquele carro... Continuou com os negócios e internacionalizou-os em Porto Rico e Marrocos. O deslumbramento continuou. Foi somando. Quando o barco do BPN começou a meter água, foi um dos primeiros a abandoná-lo, reconhecendo que, desde que deixou o governo, tinha ganho muito dinheiro.
Tinha sido deputado em 5 legislaturas e membro do Conselho de Estado, mas foi o BPN que o fez assim…
Agora pagamos nós os milhões que os abutres e os trafulhas comeram no BPN, mas o cromo está de férias em Cabo Verde.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Muito maus exemplos!
O Diário de Notícias informa hoje que, no corrente ano de 2011, as despesas com pessoal da Assembleia da República aumentam 2,2 milhões de euros.
Lê-se e quase não se acredita. Embora, no corrente ano, estejam orçamentados cortes em deslocações e estadas, publicidade, estudos, pareceres, exposições, livros, material de escritório, entre outros, há outros gastos que não sofreram contenção e vão mesmo aumentar. São valores relacionados com despesas de pessoal, transportes e subvenções dos grupos parlamentares. A subida mais acentuada é nos gastos de pessoal que, segundo o Diário de Notícias, passou de 49 milhões em 2010 para 51 milhões em 2011.
Lemos isto e ficamos estupefactos. Os cidadãos políticos deviam dar o exemplo. Mas são politicamente vulgares, desonestos, gananciosos e ignorantes.
Nesse aspecto Ele tinha razão: “Muitos dos nossos agentes políticos não conhecem o país real, só conhecem um país virtual e mediático”.
Os limites do bom senso estão ultrapassados. Os sacrifícios têm que ser para todos. Com estes maus exemplos não sairemos desta situação!
Lê-se e quase não se acredita. Embora, no corrente ano, estejam orçamentados cortes em deslocações e estadas, publicidade, estudos, pareceres, exposições, livros, material de escritório, entre outros, há outros gastos que não sofreram contenção e vão mesmo aumentar. São valores relacionados com despesas de pessoal, transportes e subvenções dos grupos parlamentares. A subida mais acentuada é nos gastos de pessoal que, segundo o Diário de Notícias, passou de 49 milhões em 2010 para 51 milhões em 2011.
Lemos isto e ficamos estupefactos. Os cidadãos políticos deviam dar o exemplo. Mas são politicamente vulgares, desonestos, gananciosos e ignorantes.
Nesse aspecto Ele tinha razão: “Muitos dos nossos agentes políticos não conhecem o país real, só conhecem um país virtual e mediático”.
Os limites do bom senso estão ultrapassados. Os sacrifícios têm que ser para todos. Com estes maus exemplos não sairemos desta situação!
Crónica de uma Travessia
Crónica de uma Travessia – A Época do Ai-Dik-Funam foi publicado em 1997, quando ainda se combatia nas montanhas de Timor contra o invasor indonésio e o futuro era incerto, tendo sido reeditado em 2010.
O seu autor – Luís Cardoso – nasceu em Cailaco, na parte ocidental da ilha de Timor, onde viveu até 1979. Nesse ano, com 20 anos de idade, partiu para o exílio em Lisboa, prosseguiu os seus estudos e licenciou-se em Silvicultura. Entre 1992 e 1996 assumiu o cargo de representante em Portugal do Conselho Nacional da Resistência Maubere.
É considerado o primeiro romancista.timorense.
A Crónica de uma Travessia é um registo biográfico sob a forma de crónica ou de romance, constituindo uma narrativa muito interessante em que aparecem acontecimentos e protagonistas que fizeram a história recente de Timor. Li-o com muito interesse e relembrei muitos dos lugares daquela ilha, que conheci antes e depois da independência.
Num país com cerca de 3 dezenas de línguas, a recuperação do português como língua de coesão política e cultural, facilita a comunicação entre os falantes de diversos idiomas locais e torna-se um sinal distintivo, quer do inglês da Austrália, quer do bahasa da Indonésia.
A Crónica de uma Travessia é um contributo para a recuperação da língua portuguesa em Timor e um primeiro passo para a construção de uma literatura timorense de expressão portuguesa.
O seu autor – Luís Cardoso – nasceu em Cailaco, na parte ocidental da ilha de Timor, onde viveu até 1979. Nesse ano, com 20 anos de idade, partiu para o exílio em Lisboa, prosseguiu os seus estudos e licenciou-se em Silvicultura. Entre 1992 e 1996 assumiu o cargo de representante em Portugal do Conselho Nacional da Resistência Maubere.
É considerado o primeiro romancista.timorense.
A Crónica de uma Travessia é um registo biográfico sob a forma de crónica ou de romance, constituindo uma narrativa muito interessante em que aparecem acontecimentos e protagonistas que fizeram a história recente de Timor. Li-o com muito interesse e relembrei muitos dos lugares daquela ilha, que conheci antes e depois da independência.
Num país com cerca de 3 dezenas de línguas, a recuperação do português como língua de coesão política e cultural, facilita a comunicação entre os falantes de diversos idiomas locais e torna-se um sinal distintivo, quer do inglês da Austrália, quer do bahasa da Indonésia.
A Crónica de uma Travessia é um contributo para a recuperação da língua portuguesa em Timor e um primeiro passo para a construção de uma literatura timorense de expressão portuguesa.
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